Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Indústria Aeronáutica Voltada Para o Etanol

1 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

A prestigiosa revista Forbes noticia que a Boing, Embraer, BID e a Amyris, empresa californiana especializada em biocombustíveis, estão se empenhando para transformar o etanol no combustível verde para a aviação. O Brasil é o grande produtor de etanol a partir da cana, e os Estados Unidos que produzem com subsídios a partir do milho é o maior produtor mundial. Estas empresas de importância na indústria aeronáutica, com o suporte do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, vêm se empenhando para tornar isto uma realidade comercial, pois já se provaram eficazes nas pesquisas efetuadas.

Todos veem a possibilidade de contarem com combustíveis menos poluentes, como afirma Arnaldo Vieira de Carvalho, chefe da Iniciativa Sustentável para Biocombustíveis para Aviação do BID. Os estudos da Amyris examinam as emissões de carbono em todo o ciclo da produção do etanol. Está examinando como o Brasil pode gerenciar a sua adequada produção.

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Aviões da Embraer testam o biocombustível a partir da cana de açúcar

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UFRJ Tenta Criar Um Vale do Silício para o Pré-Sal

1 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , ,

O site IG, com uma notícia elaborada por Raphael Gomide, informa com alguns detalhes que a UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro está implantando um verdadeiro Vale do Silício na Ilha do Fundão, que fica no caminho de acesso ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), onde conta com suas principais instalações. Além das voltadas para suas pesquisas, já se conseguiu a adesão de grandes grupos internacionais, como a Schumberger, Baker Hughes e Halliburton, que instalam lá seus centros de pesquisas. Vão se instalar adicionalmente a Siemens, FMC Technologies, Usiminas, Tenaris Confab, EMC Computer Systems, BR Distribuidora, ESSS Engineering Simulation and Software, Ilos Instituto de Logística e Supply Chain, PAM Membranas, segundo o site. Ainda que não no mesmo parque da UFRJ, a General Eletric também vai integrar o complexo.

A Schlumberger já está instalada com mais de 100 funcionários, e sete novas obras começam neste segundo semestre e alguns centros devem estar ativos em 2012, e o parque deve estar completo em 2014, segundo a notícia do site. Espera-se 5.000 funcionários de alto nível, sendo 90% de brasileiros.

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Japoneses Anunciam Participação no Avião da Embraer

1 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O jornal econômico japonês anunciou no dia 30 de julho que a IHI – Ishikawajima Harima participa de um consórcio internacional que vai fornecer os motores V2500 que serão utilizados no avião de transporte militar KC-390 da Embraer – empresa brasileira. Este KC-390, segundo o jornal, tem a capacidade de transportar 23 toneladas, movido por dois motores. Seria uma alternativa ao C130 turbo produzida pela norte-americana Lockheed.

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Aeronave KC-390 prduzida pela Embraer

Segundo a nota, a Embraer já conta com a encomenda de 60 destes KC-390, que seriam fornecidos para a Aeronáutica brasileira, como a República Checa e Portugal.

A escolha do V2500 significaria que a principal produtora de motores do Japão teria um novo cliente e que espera conseguir novas encomendas. Estes motores já são utilizados em aeronaves de passageiros civis, como no Airbus SAS, da série A320.

Os japoneses consideram que a Embraer é uma rival da Bombardier, do Canadá, e também da Mitsubishi Heavy, que produzirá o MRJ para 100 passageiros para os vôos domésticos japoneses.

Como é do conhecimento geral, a Embraer é uma eficiente empresa produtora de aeronaves de diversos tipos, contando com a habilidade de contas com os melhores parceiros internacionais para produzir partes dos seus aviões, como no presente caso, que são os motores.


Importância Estratégica do NPK Para o Brasil

29 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Ainda que a Vale seja hoje uma empresa privada, o seu capital está controlado pelos fundos de pensão administrados pelo governo, e age em parcerias importantes com a Petrobras. Um dos setores estratégicos para a continuidade do crescimento da economia brasileira é o aumento da produção de fertilizantes, sendo que estas duas empresas estão se entendendo para ampliar as produções de potássio em Sergipe, no Nordeste brasileiro, e do nitrogênio utilizando a abundância do gás. Somente o fosfato é que depende da localização de novas reservas, que ainda são limitadas no Brasil.

O jornal O Estado de S.Paulo, num artigo publicado hoje de autoria de Fernanda Guimarães, informa sobre o assunto. Além dos entendimentos já anunciados sobre o projeto relacionado ao potássio, noticia que entendimentos estão sendo estabelecidos para aproveitar a abundância de gás existente no Brasil, fundamentais para a produção dos nitrogenados. A Vale adquiriu o controle da Fosfértil, que tem tradição na área dos fertilizantes.

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Potássio e nitrogênio líquido

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Dois Artigos Importantes do Project Syndicate

29 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Project Syndicate é uma espécie de ONG onde estudiosos importantes publicam seus artigos, que acabam sendo reproduzidos em importantes jornais de todo o mundo. Stephen S. Roach, da Universidade de Yale e do Morgan Stanley Asia, escreveu o artigo que O Estado de S.Paulo republica hoje sob o título “Leiam os lábios da China”. Yu Yongding é presidente da Sociedade Chinesa de Economia Mundial. Ele escreveu o artigo que Valor Econômico republica hoje com o título “A crescente inflação chinesa”. Ambos são de grande importância para entender a economia chinesa e mundial no momento atual.

Stephen_RoachStephen S. Roach afirma que os chineses admiram os Estados Unidos, mas perderam a confiança no governo americano, o que ele percebeu visitando Pequim, Xangai, Chongqing e Hong Kong. Depois da crise do subprime, o atual debate sobre o limite da dívida levou as autoridades chinesas a ficarem estarrecidas com a incapacidade dos norte-americanos de formularem uma política para a estabilidade financeira.

Os chineses têm US$ 2 trilhões investidos em ativos baseados no dólar, e se sentiam seguros com esta moeda considerada reserva mundial. Mas estes tempos acabaram, e não veem mais sentido em manter esta política. Suas exportações continuam competitivas, mas depois da crise de 2008-2009 não veem como elas vão continuar ativas como no passado. Os riscos são demasiadamente elevados para mantê-los diante dos desarranjos políticos. Existe um ceticismo com relação às correções possíveis, e os chineses estão conscientes das suas dificuldades macroeconômicas para manter o seu crescimento dependente das exportações, voltando-se para o mercado interno.

Seu novo 12º Plano Quinquenal volta nesta direção, e sua moeda desvalorizada não faz mais sentido. A China deverá reduzir a compra de títulos norte-americanos e não acreditam mais nas promessas dos Estados Unidos. A China está dizendo “não”, e como os americanos vão se safar?

imagesNo artigo muito claro de Yu Yongding, reconhecendo as dificuldades dos Estados Unidos e da Europa, as economias emergentes enfrentam problemas inflacionários, que chegam a 6,4% em junho na China, onde os preços dos alimentos influenciam muito, entre eles a carne de porco. Ele acredita que os preços começarão a cair brevemente, numa análise semelhante ao das autoridades brasileiras.

Segundo ele, o crescimento chinês já começou a cair em função das medidas tomadas pelas autoridades monetárias, com sucessivas decisões para elevação dos juros e restrições à expansão monetária. Ainda que se mantenha num nível elevado, quando comparado com o resto do mundo. Ele acha que a demanda externa continuará baixa no segundo semestre de 2011.

Como no Brasil, ele pensa que a política monetária poderá começar a ser mais flexível. Entende que os problemas chineses são mais estruturais que cíclicos, e o crescimento da economia interna continuará ainda modesta nos próximos cinco anos. Mas, observando o comportamento dos últimos 30 anos, não acredita que tenham dificuldades para se safar, ainda que a oportunidade para os ajustes já tenha passado.

Com análises e informações de profundidade, estes dois artigos devem ser lidos por todos que se interessam sobre a economia mundial, de onde a brasileira pode aprender muito.


Iniciativas Chinesas em Todo o Mundo

29 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Quando se percorre os olhos pelos principais veículos da imprensa internacional fica-se impressionado com o número de artigos relacionados com a China, alguns registrando suas iniciativas, outros fazendo reparos sobre suas dificuldades, ficando difícil selecionar os que são mais importantes nos seus relacionamentos com o resto do mundo. Alguns jornais brasileiros noticiam sobre o aumento das atividades bancárias dos chineses no Brasil, mostrando que estão se interessando sobre as demais economias emergentes, no momento que o mundo desenvolvido passa por dificuldades como nos Estados Unidos, Europa e Japão.

Outras informam que a economia chinesa vai continuar utilizando energias provenientes de fontes altamente poluentes, como o carvão mineral, que os chineses dispõem em quantidade, tanto nas regiões como a Inner Mongólia como nos seus vizinhos, que estão ampliando seus fornecimentos minerais como a Mongólia. As dificuldades financeiras norte-americanas acabam preocupando a China, que é a maior credora internacional, mostrando que mesmo que os problemas imediatos do endividamento público sejam superados, as perspectivas de prazo mais longo não recomendam carregar muitos ativos financeiros em dólar norte-americano, que vem registrando desvalorizações expressivas.

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Crescimento da Aviação Doméstica no Brasil

29 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

A Folha de S.Paulo publica um interessante artigo preparado por uma equipe formada pela Carolina Matos, Mariana Sallowicz e Gabriel Baldocchi informando que o “Brasil lidera alta da aviação doméstica”, efetuando comparações do primeiro semestre deste ano com a do ano anterior em alguns países. Todos admitem que a economia brasileira vem se comportando de forma surpreendente, com a sensível melhoria da chamada nova classe média, fazendo com que muitas empregadas domésticas originárias do Nordeste do País tirem suas férias anuais voltando para suas terras, utilizando o avião cujo custo está mais baixo que os ônibus usados no passado, que demandam mais tempo e despesas adicionais como das refeições.

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Reprodução do gráfico publicado Folha de S.Paulo

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Comparações das Realidades Brasileiras com as Externas

28 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Turismo, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

Quando ouvimos as propagandas das autoridades paulistas falando sobre as maravilhas do metrô de São Paulo, ficamos abismados, imaginando que algumas não têm nenhum senso de ridículo. Os chineses estão efetuando turismo por todo o mundo, com o casal acompanhado do seu filho, para ensinarem in loco sobre o que se realiza no exterior, principalmente nas grandes metrópoles onde procuram absorver conhecimentos que são adaptadas às realidades da China.

Enquanto o metrô paulistano se arrasta, promovendo inaugurações ridículas de estações, em Xangai, por exemplo, inauguram-se linhas completas em poucos anos, comparáveis com as de grandes metrópoles como Tóquio. Na capital nipônica, conta-se hoje com uma estação de metrô a poucos quarteirões, oferecendo muitas alternativas para deslocamento rápido entre diversas localidades, com serviços de elevada qualidade, sendo muitos deles linhas particulares.

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Malhas subterrâneas das linhas de metrô de Xangai e Tóquio (abaixo)

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Desafios e Caminhos da Amazônia

28 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , ,

Mesmo que a Amazônia venha sendo objeto de interesses por séculos, inclusive internacionais, o fato concreto é que ainda se conhece pouco sobre a sua realidade e as dificuldades existentes para o seu aproveitamento racional, respeitando o meio ambiente. O jornal Valor Econômico publica um suplemento especial que merece as mais profundas atenções, inclusive por que envolve um projeto inédito capitaneado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, denominado Norte Competitivo, elaborado pela consultoria Macrologística, selecionando 71 projetos.

Os mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, que representam mais de 60% do território brasileiro, servido basicamente pelas suas vias naturais que são os grandes rios navegáveis, necessitam ser complementados por infraestrutura que ainda é precária, e a pouca existente é mal conservada. As explorações de suas riquezas naturais, tanto minerais como de biodiversidades não são detalhadamente conhecidas, mesmo reconhecendo-se as suas potencialidades.

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Investimentos Chineses nos Insumos Agrícolas

27 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

A longa experiência no Brasil fez com que os grupos estrangeiros como as estatais procurassem sair da produção agrícola direta, mas trabalham na sua periferia para assegurar o acesso à produção efetuada pelos agricultores, que são mais eficientes nas atividades produtivas que exigem uma presença cotidiana. A maioria dos insumos agrícolas hoje é produzida pelos grupos estrangeiros que, fornecidos financiados aos produtores, procuram assegurar o acesso às suas produções. Os japoneses, que ajudaram no desenvolvimento dos cerrados, acabaram sem ter um acesso importante à sua produção, mesmo nas sojas consumidas no Japão, por serem irrelevantes nestas atividades. Muitas multinacionais que no passado se envolveram diretamente na produção acabaram se restringindo às suas comercializações ou no máximo nas atividades agroindustriais.

Agora os chineses estão entrando na produção de alguns insumos agrícolas, como as grandes empresas como a Vale e a Petrobras, que decidiram fazer vultosos investimentos na produção do potássio. O Brasil demanda outros fertilizantes como nitrogenados e fosfatados, calcários para correção de muitos dos seus solos ácidos, além de muitos defensivos e sementes selecionadas. As indústrias para tanto costumam ser de grande porte, e o financiamento do seu fornecimento é extremamente estratégico para assegurar o acesso às produções agrícolas.

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Potássio, fósforo e um ciclo do nitrogênio

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