Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aumento de Tensões entre a China e o Japão

19 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

É sempre difícil interpretar as dificuldades enfrentadas por qualquer pessoa, instituição, povo ou país sem estar na situação e no contexto em que eles se encontram. Os problemas recíprocos de relacionamento entre a China e o Japão são de décadas, ou mesmo de séculos, e toda a longa história de etnias diferentes acumulam dificuldades que acabam aflorando a cada novo episódio.

Há uma longa disputa territorial, envolvendo ilhas e domínios dos mares que compartilham. A guerra entre a China e o Japão no começo do século passado bem como a Segunda Guerra Mundial deixaram problemas de difícil superação. Mais recentemente, um navio chinês de pesca e a sua tripulação acabaram sendo apreendidos pelas autoridades japonesas em águas pretendidas por ambos os países. Desenvolve-se uma campanha de uma empresa chinesa, a Baojian, de cosméticos e vitaminas, que cancelou a viagem de 10 mil seus funcionários ao Japão informando que criarão alternativas dentro da China no futuro próximo, do tipo “boicotem o Japão”.

Mapa do mar da China e do Japão

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Lojas de Departamento do Japão Atraem Turistas Estrangeiros

18 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

As lojas de departamento do Japão, lá conhecidas como “depaato”, eram estabelecimentos de grande prestígio para os consumidores japoneses. Com a atual crise, e a invasão de milhões de turistas, principalmente chineses, estão se adaptando para a nova realidade. Promovem publicidades nas grandes cidades chinesas como Xangai, oferecendo vantagens especiais, como descontos pelo uso de cupons ou de cartão de crédito chinês da UnionPay, que chegam a 10% do valor de uma compra mínima de 5.000 ienes.

Estas lojas passam a ter atendentes falando mandarim, e serviços para tax free para estes turistas estrangeiros. Até em caixas eletrônicos, utilizando os cartões de créditos chineses da UnionPay, uma estatal da China, pode se sacar notas de iene japonês. E são as lojas mais conhecidas, como Takashimaya, Mitsukoshi, Isetan e outras consideradas de elevado prestígio. A Associação destas lojas reportou ao jornal Nikkei que suas vendas em agosto, neste ano, cresceram 16,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Loja de departamento

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Empresas Japonesas Investindo no Futebol

18 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Este site tem insistido que o futebol, conhecido em inglês e em muitas partes do mundo como soccer, é o esporte que mais atrai o público em todo o universo, tornando se um importante veículo de comunicação para as empresas que desejam colocar os seus produtos no mercado. O jornal econômico japonês Nikkei noticia que a Panasonic está interessada em patrocinar o jogador brasileiro Neymar, considerado por muitos como um novo Pelé.

As empresas japonesas estão perdendo para os coreanos como a Samsung e a Kia o patrocínio de equipes europeias cujos jogos são transmitidos por todo o mundo pela televisão. Reagindo a esta situação, noticia-se que novos torneios poderão ser patrocinados por empresas japonesas, como já faz a Toyota.

Neymar toyotalogopanasonic_logo

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Brasil Pensando Grande Com Realismo

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: ,

Acompanhando as lamentáveis atuais discussões eleitorais, fica-se com a impressão que os que pretendem serem nossos líderes ainda não adquiriram a consciência que o Brasil tem todas as condições para ser uma potência mundial. Todos admiram o desenvolvimento recente da China, da Índia, de toda a Ásia que há algumas décadas eram tidas como países e regiões problemáticos, cheios de limitações que não tínhamos no Brasil. Continuamos agimos como complexados, incapazes de superar as naturais dificuldades que temos.

Contamos com uma população altamente miscigenada, de muitas etnias e culturas, trabalhadora, com uma dimensão apreciável. Temos os recursos naturais invejáveis, impar no mundo. Somos pacíficos, não temos conflitos internos ou externos, religiosos ou de qualquer outra natureza. Já mostramos que podemos crescer mais de dez por cento ao ano economicamente, por longos períodos. Mantemos um intercâmbio com todos os países do mundo, de forma equilibrada. Melhoramos a nossa distribuição de renda, regional e entre pessoas. Temos poupanças e financiamentos externos.

mapa_brasil Bandeira do Brasil

Importamos e geramos tecnologias, como no setor agroindustrial e alguns setores de ponta. Temos um sistema financeiro sem problemas. Somos capazes de preservar o meio ambiente que temos, contribuindo mundialmente para evitar o aquecimento global. Temos um complexo industrial com participação equilibrada de capitais e tecnologias estrangeiras de variadas origens, com potenciais para um desenvolvimento mais acelerado. Temos uma infraestrutura que pode ser melhorada sem maiores problemas. Temos um sistema de pesquisas avançadas que podem ser melhoradas.

Conquistamos um sistema democrático, com os defeitos que existem em qualquer sociedade humana. Temos um sistema judiciário razoável, que sempre poderia ser melhor. Como todos os demais serviços que prestamos aos brasileiros e estrangeiros que aqui vivem. Seria muito monótono viver num país sem problemas, pois muitos se suicidariam de tédio.

O que nos falta no momento? Um pouco de ambição, um sonho que podemos ser melhores. Que podemos resolver os problemas que todas as sociedades emergentes possuem. De compreender que desenvolver é gerar problemas a serem resolvidos e superados continuamente. Que é um processo de constantes conquistas, que nada existe de insuperável. Formas pelas quais vamos conquistá-los podem existir muitas, e é sobre elas que temos que discutir. Qual o caminho que preferimos?

Somos um povo admirado porque temos capacidade de trabalho e ao mesmo tempo viver com alegria. Vamos transformar o que temos em bens que vão proporcionar melhores condições de vida para todos, não só brasileiros como para a humanidade.

Utopia? Quem não tem sonhos, objetivos elevados, nada vai conquistar. Se nos compararmos com os asiáticos, com os europeus, com os norte-americanos, com os vizinhos sul-americanos ou os africanos, mesmo sem nenhum ufanismo podemos facilmente constatar que temos todas as condições necessárias para alcançar um futuro melhor.

Quem conheceu parte deste mundo e observou as dificuldades que existem em qualquer país constata facilmente que as nossas são superáveis, com um mínimo de diretrizes que sejam traçados. E estejam certos que vão galvanizar as forças desta nação que estão preparadas para travar as batalhas necessárias para conquistar melhores condições, superando eventuais limitações.

Que as lideranças tenham a coragem de empunhar as bandeiras para o desenvolvimento econômico, político, social e cultural. Ou serão atropeladas pelas hordas ansiosas que estão preparadas para estas conquistas.


Aprendendo Com as Multinacionais Experientes

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

É sempre interessante acompanhar os movimentos de experientes multinacionais como a Louis Dreyfus que opera com muitas commodities agropecuárias. Agora, além de ampliar suas operações com sucos de laranja do Brasil, ingressa também nos sucos de limão, além de associar-se com os chineses nas transações com suco de maçã, pouco demandado no mercado brasileiro, mas importante no resto do mundo. Como consta de um artigo sobre o assunto publicado pelo Valor Econômico em matéria do jornalista Fernando Lopes.

Com tradição de alguns séculos, estão dotados de experiências e tecnologias para grandes volumes nos mais variados mercados, com perspectivas de longo prazo, e elevada capacidade financeira. Se produzem e exportam sucos de laranja e limão do Brasil, certamente pensaram em utilizar a sua capacidade logística para a importação, de forma a tirar o máximo proveito de todo o sistema, o que deve ser imitado por outros grupos.

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Elogios no Exterior Que Podem Complicar

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

O Brasil tem sido objeto de suplementos e edições especiais, como o que acaba de ser publicado pelo Le Monde francês. E artigos do The Economist inglês, importantes veículos de influência internacional que constatam a atual boa situação do país, com algumas ressalvas. Tudo isto pode massagear o ego dos brasileiros, mas também ajuda a provocar um perigoso “boom” de ingressos de recursos de moedas estrangeiras, de curto prazo e voláteis, que acabam valorizando exageradamente o real, entre outros inconvenientes.

As economias emergentes como a China e a Índia estão em moda, e a do Brasil é entendida como o que pode, nas próximas décadas, apresentar crescimentos que foram modestos até o momento, mas já atinge a mais de 7% neste ano. Com a estabilidade política, abundância de recursos naturais, mesmo com seus muitos problemas, apresenta uma perspectiva brilhante para o futuro.

le monde

Ilustração do especial do jornal Le Monde, sobre o Brasil. Foto: RFI

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Desconhecimentos Recíprocos Entre Brasileiros e Chineses

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Este site vem procurando colaborar no sentido que sul-americanos e asiáticos aumentem seus conhecimentos recíprocos. Mesmo os japoneses que já possuem longas experiências na América do Sul e os chineses que estão intensificando o intercâmbio comercial ainda contam com dificuldades para compreenderem o que se faz por aqui. E os sul-americanos ainda possuem um conhecimento estereotipado da Ásia, que passa por um desenvolvimento surpreendente nas últimas décadas, principalmente na China.

Qualquer reunião entre representantes destes dois continentes é sempre importante, ainda para esclarecer as dificuldades recíprocas, principalmente quando efetuada por empresários privados e estatais, que serão os responsáveis por projetos em ambas as regiões. Os jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, pelos seus correspondentes na China, Cláudia Trevisan e Fabio Maisonnave, reportam alguns aspectos destas reuniões realizadas em Pequim.

Persio Arida

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Pedinte Asiático Morando Num Hotel de Luxo em Dubai

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Lamentavelmente existem malandros em qualquer região do mundo, aproveitando a caridade alheia. Um asiático que já tinha sido expulso de Dubai voltou a ser identificado por atuar como mendigo durante o Ramadan no Golfo Pérsico. Ele ocupava um hotel de cinco estrelas, mostrando que a atividade lhe proporcionava ganhos significativos.

A notícia saiu no Khaleej Times, informando que 360 pessoas foram expulsas de Dubai, sendo a maioria de asiáticos seguidos por árabes.

Existe entre os budistas um hábito de pedido de esmola de caráter religioso, como treinamento de humildade, mas não é o caso.

Dubai


Crescente Integração Asiática

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , ,

Todos reconhecem que o desenvolvimento chinês na última década, e nos últimos anos depois da crise que afetou todo o mundo, tem sido importante para o universo globalizado. Nos países que são seus vizinhos, como a Coreia e o Japão, ele é mais marcante, mas também no Sudeste Asiático, é muito importante.

Hong Kong acabou sendo integrado à China, preservando um “status” especial, o que deve acontecer no futuro com Taiwan, de forma semelhante. Mas também Cingapura, a Tailândia, a Indonésia e outros países do Sudeste Asiático contam com fortes presenças de chineses e seus descendentes que chegam a ser de um terço da população local, ao lado dos indianos. E Cingapura, um país-cidade, tornou-se um forte centro financeiro e de serviços que exerce uma liderança regional.

George Yeo

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O Sabor do “Wagashi” na Cultura Nipo-Brasileira

15 de setembro de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , , , , , | 1 Comentário »

O Projeto Saberes dos Sabores, da Fundação Japão-SP, nos trouxe recentemente a chef pâtissier Cristina Makibuchi falando sobre wagashi – confeitaria japonesa, na qual se aperfeiçoou em Fukui, Japão – e sobre yôgashi – confeitaria ocidental, cuja técnica aprimorou nas escolas Lenôtre e Le Cordon Bleu, em Paris. E Paulo Yokota tece também saborosos comentários sobre doces japoneses, aqui no site (02/09/2010). Como poderia a nossa memória olfato-palatal-visual não despertar em busca do doce sabor nunca perdido da nossa infância?

A particularidade do doce japonês é a sua doçura suave, que não agride o paladar nem os dentes. Cristina Makibuchi teve que reeducar seu paladar para o sabor doce, quando voltou do Japão, e começou a confeccionar doces e bolos ocidentais em São Paulo. Clientes reclamavam por seus doces não serem suficientemente doces. Ela redirecionou a “doçura”, mas seus produtos continuam bastante “sugar luz”.

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