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Conceito de Artesão no Japão e Seu Novo Papel

22 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

No Japão, todos os trabalhos elaborados manualmente pelos artesãos merecem uma valorização como a dos artistas não havendo esta preconceituosa discriminação que existe no Brasil e em muitas localidades do Ocidente. Os artesãos são confundidos com os artistas, pois cada peça que eles produzem envolve uma criação, porque exige o cuidado manual na sua elaboração, distinguindo-se de outras peças, ainda que tenham um design semelhante. Um artigo publicado pelo The Japan Times de autoria do Cameron Allan Mckean relata sobre as machi-koba, que seriam pequenos estabelecimentos em cidades japonesas normalmente operados por uma família que vem mantendo a sua tradição por gerações. Seus produtos costumam ser valorizados por envolverem cuidadosos trabalhos manuais.

Os anos de baixo crescimento da economia japonesa fez suas vítimas, mas o Japão tenta reinventar estas atividades artesanais com o desenvolvimento do conceito de machi-koba, que literalmente significaria cidade-fábrica. Eles produzem todos os tipos de manufaturas de uso cotidiano como bules, caixas de papelão, tesouras, tofus, copos de vidro, peças automotivas, facas e talheres que são alguns exemplos. Existem outros milhares de itens produzidos nestes espaços. Promovem-se atualmente verdadeiros festivais, como na Prefeitura de Niigata, onde 54 machi-kobas provocam o renascimento da metalúrgica com o uso de designs. O seu centro é Tsubamesanjo, que é visitado por cerca de 11 mil pessoas na procura de facas, mesmo não sendo uma região de turismo, que se tornou uma das especialidades mais destacadas da região.

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The factory floor: Visitors watch as demonstrates his cutting machine during a tour of his cardboard box factory. | CAMERON ALLAN MCKEAN

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