8 de maio de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Saúde | Tags: antes tarde do que nunca, diagnósticos mais claros possíveis antes das ações, exemplos significativos no Brasil, na saúde como na economia tentando minimizar os danos mais expressivos, tarefas prioritárias em qualquer país
Quando ajudávamos a lecionar Planejamento Econômico na FEA – USP – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, inspirado nas iniciativas em voga nas Nações Unidas, recomendava-se que uma das tarefas prioritárias fosse chegar a um diagnóstico o melhor possível da situação em que estávamos. Avaliava-se com o que se contava como os recursos humanos e econômicos para enfrentar as principais dificuldades a serem superadas. Depois se podiam estabelecer os objetivos, selecionar os instrumentos a serem utilizados pelo governo e escolher a estratégia de como atingi-los com a eficiência mais elevada possível. Tivemos oportunidade de usar parte destas teorias quando participamos do governo brasileiro.
No momento atual, enfrentamos muitos problemas simultaneamente com a carência de um diagnóstico adequado elaborado pelo atual governo. Dois exemplos críticos demonstram algumas razões da baixa eficiência da ação do governo, mesmo reconhecendo as múltiplas limitações naturais em situações complexas no Brasil e no mundo, que dificultam as atuações das autoridades. Sem nenhuma pretensão acadêmica ou arrogância, o primeiro seria naturalmente o do setor de saúde no Brasil atual e o segundo as condições para assistência mínima dos mais afetados da população brasileira com a atual crise econômica que enfrentamos.
Chocantes enterros coletivos das vítimas de coronavírus no Amazonas
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26 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: algumas incorretas, algumas tardias, antes tarde do que nunca, mudanças que se processam no mundo
Meus amigos no Japão informam que membros, empresas e indivíduos de entidade como a Associação Nipo-Brasileira ou a Nipo-Latino Americana estão aumentando as participações nas reuniões, apesar das recentes dificuldades nesta parte do mundo.
Procurando incrementar as notícias da Ásia na América Latina e vice-versa
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27 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adaptações às condições locais, antes tarde do que nunca, dificuldades das grandes empresas japonesas
Interessante o artigo publicado por Yoree Koh no The Wall Street Journal e reproduzido em português no Valor Econômico de hoje. Mostra a dificuldade de grandes empresas japonesas, como a Toyota, na absorção de especificidades dos mercados de outros países, parte pela insuficiência de uso de consultores externos. No Japão, os conhecimentos acumulados numa grande empresa costumam ocorrer ao longo do tempo com a contribuição de muitos dos seus próprios funcionários. Com isto, ficam limitados em absorverem conhecimento de mercados externos, e não são poucos os equívocos decorrentes destas limitações. A Toyota foi uma das primeiras indústrias automobilísticas a iniciar a sua montagem no Brasil, inicialmente com um jipe denominado Bandeirantes, que era adequado às condições rústicas do país.
No entanto, como ele era montado com um motor da Mercedes Benz, não teve condições de evolução, e a sua produção acabou sendo abandonada, deixando saudades. Também a Toyota ficou estagnada no país, perdendo para outras concorrentes, inclusive a Fiat que chegou bem depois no Brasil, produzindo veículos de menor porte adaptadas às condições do poder aquisitivo dos consumidores brasileiros. Mesmo alertado por consultores que com a nova classe média brasileira haveria demandas para automóveis baratos de pequeno porte, seus dirigentes no Brasil alegavam que isto seria para tecnologias chinesas e indianas. Agora, com novos dirigentes que vieram de outros grupos como a GM, como está no artigo citado, procura recuperar décadas perdidas, que começou com a produção do Etios e que deve evoluir para outras versões mais baratas.
Toyota Etios
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