Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

7 Eleven Expande nos Estados Unidos

31 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , | 1 Comentário »

Toshifumi Suzuki, agora com 80 anos, considera que ainda tem muito trabalho pela frente, com foco atual na expansão nos Estados Unidos. Ele é o chief executive do Seven & I Holdings e controla todo o grupo. Nos últimos 39 anos, ele expandiu esta que hoje é a maior rede de varejo do mundo para chegar a 50 mil pontos de venda, as lojas de conveniências, a mais rentável que a Wal-Mart e a Carrefour, segundo os dados da Bloomberg. Ele começou como franqueador no Japão da rede que começou em Dallas, Estados Unidos, 86 anos atrás vendendo ovos, pão e leite. Em 1991, quando a proprietária da marca 7-Eleven, a Southland Corp., pediu falência, ele adquiriu a empresa mãe. O artigo sobre o grupo foi escrito por Yuki Yamaguchi da Bloomberg e reproduzida no The Japan Times.

Todos no Japão conhecem a 7-Eleven que tem 15.218 outlets (estabelecimentos) no país espalhados por todos os cantos, uma pequena loja de conveniência que vende em média US$ 8 mil por dia cada, enquanto as norte-americanas vendem US$ 4.500. Hoje, a rede atua em 16 países da Indonésia à Dinamarca. Nos Estados Unidos, estava com 7.300 lojas quando a Southland falhou e só cresceu a 8.500 até hoje, mas Suzuki afirma que os negócios naquele país entraram em fase de crescimento. Já contou com 15 lojas no Brasil, mas acabaram fechando, e se imagina que só voltarão com maior segurança.

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Toshifumi Suzuki

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Suzuki entende que as lojas nos Estados Unidos ou em outros países não podem ser a repetição do que fazem no Japão, exigindo que se ajustem as necessidades e os hábitos dos consumidores locais. Segundo os dados da Bloomberg, a 7-Eleven teve uma margem operacional de 7,13% no último ano fiscal, contra 5,93% da Wal-Mart e 2,79% da Carrefour.

O grupo opera também a rede de supermercados Ito-Yokado do Japão, que espera elevar o seu lucro operacional para 15% no terceiro ano de operação. As ações do grupo aumentaram 51% este ano, enquanto a Topix de Tóquio subiu 32%.

Alguns analistas afirmam que a tecnologia da 7-Eleven é de lojas de conveniência, concentrado nos alimentos, e pode não conseguir os mesmos resultados em modas, por exemplo. Como alguns empresários ousados do Japão e bem sucedidos como o líder da rede Uniqlo, Suzuki também se orienta pela sua intuição, pois conseguiu resultados contrariando outros executivos, consultores, acadêmicos. Mas, para a sua sucessão, ele espera que tenha a chance de provar a si mesmo, sendo ele ou ela.

No Japão, a 7-Eleven procura agilizar a sua logística para garantir produtos mais frescos em suas lojas, que devem ficar no máximo a três horas dos seus centros de distribuição. Trabalha inclusive com caixas de almoços chamados “bento”, com sua marca própria.

Como acontecia com o fundador da Wal-Mart, ele visita regularmente muitas lojas para comprar e conferir as mercadorias. Suzuki sabe correr os seus riscos e o grupo entrou no setor financeiro, trabalhando com caixas eletrônicas nas suas lojas, o que começou em 2001, com elevada rentabilidade.

Ingressou em 1999 nos negócios pela internet, onde já consegue um faturamento de US$ 1 bilhão. Estes setores são comandados pelo seu filho, e planejam chegar a US$ 500 bilhões em 2016, pois são atividades estratégicas para o grupo.