Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Tendências das Metrópoles Asiáticas

17 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Há uma visível mudança na posição do custos de vida para executivos estrangeiros nas principais metrópoles asiáticas, com grande influência nos câmbios vigentes que estão se alterando.

Tóquio que foi considerada no passado a metrópole com maior custo de vida. Hoje, está em 11º lugar

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Tempuras Encontrados no Japão

24 de abril de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002São muitas as histórias das influências dos jesuítas portugueses e espanhóis que influenciaram até na culinária japonesa, onde as controvérsias sempre existem.

 

Foto que ilustra matéria publicada no The Japan Times

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O Matcha no Mercado Norte-Americano

10 de abril de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: , , ,

clip_image002O matcha é um produto tradicional na gastronomia japonesa, pouco conhecido internacionalmente, e ganha um momento de projeção nos Estados Unidos.

 

Matcha numa foto que ilustra artigo no The Japan Times

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Dificuldades Políticas de Mianmar

5 de abril de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

clip_image002 Apesar da melhoria econômica conseguida em Mianmar com o pragmatismo da Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, o atual governo de linha dura de Thein Sein não caminha na reforma constitucional para permitir a plena democracia, com a possibilidade de eleição da oposição nas próximas eleições, que pode comprometer o seu desenvolvimento futuro.

Foto da Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, líder da oposição em Mianmar, que ilustra artigo da Reuters publicado no The Japan Times

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Erotismo Japonês Mais Divulgado no Reino Unido

21 de dezembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado por Victoria James no jornal japonês The Japan Times permite melhor entendimento do erotismo japonês constante dos trabalhos de ukiyo-e de diversos artistas, que apresentam aspectos totalmente diferentes dos ocidentais. É preciso esclarecer que nas culturas orientais, como a japonesa, que ganha uma expressão artística invejável no ukiyo-e como os de Kitagawa Utamaro, cada vez mais valorizado no mundo ocidental, acaba se diferenciando pela ausência do sentimento de pecado que é um conceito eminentemente cristão, ainda que tenha origem nas concepções judaicas. Ela se refere ao livro “Shunga: Aesthetics of Japanese Erotic Art by Ukiyo-e Masters”, publicado pelo Japan´s Pie Books e Pie International. Conta com texto dos acadêmicos japoneses Aki Ishigami, curadora para a exibição no British Museum de Uragami Mitsuru e do historiador de arte Yukari Yamamoto, tendo a parte artística sob responsabilidade de Takaoka Kazuya. A edição apresenta 600 páginas bem ilustradas em dimensão de 30 por 21 centímetros, com papel adequado e coloração de elevada qualidade, segundo o artigo.

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Ilustração constante do artigo no The Japan Times

É preciso atentar para estes detalhes culturais quando se comenta, por exemplo, as esculturas budistas hindus que apresentam as muitas posições para a prática do sexo, que seria um meio para aproximar os seres humanos do nirvana e não simplesmente do erotismo ocidental.

O primeiro estudo sobre “shunga” foi efetuado pelo livro de Timon Screech, professor da história da arte na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. Hoje, o “shunga” figura como “mainstream” e no livro citado consta detalhes como os do livro de fotos “Warai Jogo”, que apresenta detalhes do corpo de homens e mulheres como não constam na arte ocidental.

Mas também mostram detalhes do mobiliário das salas em que estão os amantes, alguns utensílios, além do “katana”, pratos de porcelana e escritos em livros de caligrafia, mostrando toda a arte dos seus autores. São detalhes que mostram o cuidado dos trabalhos destes artistas japoneses.

Nestas últimas décadas, explica a autora do artigo, houve um avanço significativo dos estudos destas obras, pois as autorizações legais do seu uso foram liberadas, resultando nas exposições como as feitas no Museu Britânico, além de trabalhos acadêmicos sobre o assunto.

No processo, estas gravuras eróticas revelam a arte, são documentos sociais e até trabalhos chocantes, hoje examinados com muito cuidado.


Os Bancos de Desenvolvimento da China

14 de novembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Um artigo publicado por Lee Jong-Wha, professor de economia e diretor do Instituto de Pesquisa Asiática na Universidade da Coreia, no The Japan Times, informa sobre as instituições bancárias internacionais chinesas onde seus representantes ocupam posições de comando. A China já vem aumentando seus funcionários em instituições internacionais como o G-20, o Fundo Monetário Interacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial de Comércio, acumulando experiências. Mas não contava com o comando delas, pois suas participações no capital ainda são modestas e os norte-americanos e europeus continuam destacados. No Banco Asiático de Desenvolvimento, são os japoneses que detêm a sua Presidência, no banco cogitado para os BRICS haveria um rodízio no comando.

Assim, a China que vem aumentando sua participação de forma expressiva no cenário internacional resolveu criar o AIIB – Asian Infrastructure Investiment Bank, que, trabalhando complementarmente às demais instituições, teria comando chinês, que contaria com 50% do seu capital. O ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros da Índia, Shashi Tharoor, já sugeriu que este banco financie o novo Silk Road, que tanto por terra como pelo mar facilite as ligações do Leste Asiático com a Europa, ainda que existam alguns receios de países asiáticos sobre a expansão das atividades da China nestas áreas. Com todo o prestígio conseguido pela China na recente reunião da APEC naquele país, com a presença de destacadas personalidades internacionais, as elevadas poupanças chinesas e de outros asiáticos poderão ser canalizadas nestas obras.

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Cerimônia para lançamento dos trabalhos de elaboração do Asian Infrastructure Investment Bank em Beijing, China

Esta foi uma iniciativa chinesa para atrair as autoridades asiáticas para a possibilidade de financiamento dos seus projetos de infraestrutura, que todos necessitam, contando com mais de US$ 40 bilhões como um programa inicial.

Alguns analistas questionam a possibilidade de uma adequada governança neste banco, que já conta com metade do capital de origem chinesa. Mas, muitos são pragmáticos e sabem que podem contar com a ajuda destes recursos que possam ser completados pelos locais, para contemplar projetos vitais para a sua integração neste esforço asiático de intensificar suas relações com os europeus, como o resto do mundo.

Ainda que se esperem critérios internacionais para as avaliações dos projetos a serem contemplados com financiamentos, todos estão conscientes de que muitos dos apoios chineses podem estar vinculados, havendo esperanças de facilidades no acesso ao mercado chinês que deverá continuar crescendo nas próximas décadas, a ponto de superar os Estados Unidos.

Pode-se afirmar que também este novo banco faz parte da nova realidade, onde a presença chinesa tende a se consolidar, tanto alimentando o seu desenvolvimento como tendo impacto em toda a região asiática. É difícil imaginar que outros países tenham condições competitivas como estas que estão sendo colocados pela China.

É preciso considerar ainda que a China dispõe de outros bancos estatais e privados que podem complementar financiamentos que estejam ligados a estes projetos mais amplo, dada a presença de chineses na maioria dos países do mundo, que acaba tendo interesses relacionados com os fomentos do intercâmbio comercial.


Dramas das Vitimas das Bombas Atômicas que Vivem no Brasil

27 de agosto de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

Existe uma Associação de Paz das Vitimas das Bombas Atômicas que vivem no Brasil, presidida pelo Takeshi Morita, hoje com 90 anos, que foi atingido em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, quando trabalhava como policial. A sua sede fica em São Paulo num supermercado da propriedade dele chamado Sukiyaki, onde estão afixados 101 nomes destas vitimas que viviam em São Paulo, muitos já falecidos. Eles só recebem anualmente uma ajuda equivalente a 300 mil yens anuais, menos de US$ 3.000, e são submetidos a um check up anual no Hospital Santa Cruz. No seu pico chegaram a 270 vitimas que vivem no Brasil, mas já estão reduzidos a menos da metade. Os que residem no Japão recebem a assistência integral para doenças provocadas pelas radiações, como 4.440 que vivem no exterior reconhecidos como “hibakusha”. Com a idade avançada, média de 79 anos, não contam mais como viajarem para o Japão para receberem tais tratamentos.

O assunto mereceu um artigo escrito por Junichiro Nagasawara e publicado no The Japan Times, pois eles entregaram uma petição ao Primeiro Ministro Shinzo Abe quando de sua visita ao Brasil. Eles pleiteiam receber as assistência no Brasil. São citados alguns casos concretos como Yoshitaka Samejima, 85 anos, nascido no Brasil e começou a estudar no Japão aos 11 anos, e participou das operações de resgate do exército japonês em Nagasaki, em 10 de agosto de 1945, um dia após o bombardeio atômico naquela cidade. Ele desenvolveu sintomas de radiação, como doenças de pele, aos 60 anos. Tendo sofrido um derrame cardíaco no ano passado não tem condições de suportar uma viagem a Nagasaki para a continuidade do seu tratamento. Takeshi Morita continua acompanhando estes assuntos e mostra uma caderneta com os dados médicos que são registradas as ocorrências, emitido pelo governo japonês.

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Takashi Morita, presidente da Associação de Paz da bomba atômica Vítimas no Brasil, mostra um notebook médico emitido pelo governo japonês para as vítimas da bomba atômica que vivem no Brasil, em São Paulo in July. | KYODO Publicado no The Japan Times

Yasuko Saito, 67 anos, filha de Takashi Morita, segunda geração das vitimas da bomba atômica informa que os dramas sofridos por estas pessoas precisam ser transmitidas para as gerações futuras, alertando sobre o uso de energias perigosas como as atômicas.

Hoje, um professor de 40 anos, Andre Lopes Loula desempenha o papel de membro executivo da Associação e organiza sessões com estudantes para ouvir as experiências dos Hibakusha. Planeja-se publicar uma coleção de testemunhos de hibakushas do Brasil e de outros países sul americanos.


Oizumi Ainda Continua Com Muitos Estrangeiros

2 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Um artigo de Rebeca Milner publicado no The Japan Times sobre Oizumi, na prefeitura de Gunma, informa que mesmo com o retorno de muitos decasséguis para suas terras de origem, ainda se preservam a presença de 4 mil brasileiros, representando cerca de dez por cento da população local. Muitos trabalham nas fábricas japonesas, mas outros aliviam a saudade de suas terras natais fornecendo alimentos brasileiros, o que acaba sendo enfatizando nesta época da Copa do Mundo no Brasil. A autora relata que encontrou muitos restaurantes e estabelecimentos comerciais que trabalham com produtos voltados a estes brasileiros, como outros latino-americanos, também reduzidos no número se comparado quando do auge da presença destes trabalhadores temporários, com antepassados relacionados com o Japão.

A Associação de Turismo de Oizumi informa que um dos estabelecimentos que continua atendendo os brasileiros é a Casa Blanca, que, além de restaurante, conta com uma mercearia. A autora encontrou muitos falando português, e na comida caseira encontrou o famoso arroz com o feijão preto, pratos de carne como o bife acebolado ao lado da maionese, a salada de batatas, servido dentro do sistema de coma quanto puder. Também são encontrados sucos como de goiaba e tamarindo, além do consumo do refrigerante guaraná. Na mercearia estavam sacos de feijão, misturas de especiarias, e cortes de carne mais grossos dos que os consumidos pelos japoneses. Alem de ingredientes para o preparo de uma feijoada, como orelhas de porco, rabos, vários órgãos e pés.

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Cidade de Oizumi, que concentra grande número de trabalhadores brasileiros

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Rompendo o Preconceito com Sushiwomens

12 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Ainda existe uma longa tradição no Japão e ela está sendo rompida, pois só havia sushimens, mas agora um artigo elaborado por Junji Yamaguchi publicado no The Japan Times informa que as mulheres começaram a atuar também no setor como chefs e inclusive proprietárias de rede de estabelecimentos especializados nestes produtos. Havia um preconceito que as mãos das mulheres tinha uma temperatura mais elevada do que dos homens, e sua manipulação não era adequada para o preparo de um bom sushi. Também se alegava que as mulheres não eram convenientes para estas atividades que exigem alguns esforços, como levantar caixas pesadas com peixes e gelos, manipular peixes de grande tamanho e ossos resistentes, quando existem muitas outras atividades onde elas possuem a mesma capacidade dos homens nos esforços físicos necessários.

A notícia informa que Chie Inamoto, de 47 anos, gere uma cadeia de produtos de frutos do mar, junto com outras mulheres, que trabalham na região de Atami, famosa pelas fontes termais na província de Shizuoka. Depois de exercer diversas outras atividades, ela foi convidada para trabalhar como sushiwoman, atividade para a qual se preparou adequadamente. No início, o estabelecimento sofreu a perda de alguns clientes, mas agora se formam filas de consumidores, pois elas apresentam algumas qualidades adicionais comparadas com outros concorrentes. Tudo indica que possuem um ar maternal que sempre foi comum nos izakayas do Japão, onde ao lado das bebidas se ofereciam alguns petiscos deliciosos para acompanhamento, além de cativar também as crianças que estão passando a frequentar também estes estabelecimentos. O preparo de refeições nas residências está sofrendo algumas alterações, e as mulheres mesmo com as crianças também se sentem no direito de algumas alterações nas suas rotinas.

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A sushiwoman Chie Inamoto

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Programa dos EUA para Animais Resistentes ao Calor

25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Acaba sendo de extrema ironia, pois o governo dos Estados Unidos está estimulando pesquisas científicas para animais como o frango ou o bovino tenham capacidade de resistir a elevadas temperaturas, segundo notícia publicada no The Japan Times. Em vez de se empenhar mais fortemente na redução do lançamento do carbono que está acelerando o aquecimento global, que ajudaria todo o mundo, os norte-americanos estão tentando conseguir frangos e bovinos, que consomem em grande quantidade, que sejam resistentes às altas temperaturas e às secas. A Universidade de Delaware está neste programa, com a orientação do cientista Carl Schmidt, que reconhece que a tarefa não é das mais fáceis.

Conseguindo cruzamentos com espécies mais resistentes, como algumas africanas, não estaria garantido que os seus sabores e nutrientes seriam equivalentes, além de demandar trabalhos de longo prazo. Com o uso de genomas, se isto for conseguido, haveria uma introdução de mais amargos nas carnes. Mesmo com os avanços da engenharia genética, não seria muito simples se atingir os objetivos perseguidos, segundo depoimentos de Carl Schmidt. Evidentemente as autoridades como Barack Obama, que deseja marcar o seu segundo mandato com trabalhos de sustentabilidade, não abandonariam as reduções de carbono, mas não desejam assumir metas claras para o país, num compromisso internacional.

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                                         Carl Schmidt, da  University of Delaware

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