29 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Japan Times, interesses além dos antiquários e colecionadores, origem dos atuais monozukuris, técnicas artesanais de armaduras
Um interessante artigo de Judit Kawaguchi publicado no The Japan Times mostra que os artesãos que restauram antigas armaduras utilizadas pelos samurais, como o casal Chizuru e Fumio Nishioka, dominam as técnicas originais que datam de 900 a 150 anos, origem das que são utilizadas pelos japoneses no chamado monozukuri (arte de fazer as coisas) até hoje. Segundo o artigo, estas armaduras eram flexíveis e construídas para cada samurai adaptadas ao seu físico, com flexibilidade para permitirem as manobras militares montadas nos seus cavalos. Chizuru é a única pessoa no Japão que ainda usa a antiga arte de trançar no chamado laço japonês, os fios de seda intrincados que era comum no século XVIII para manter unidas as partes de uma armadura, bem como decorá-la de forma adequada para a ação dos samurais.
É evidente que isto incorpora o mesmo espírito do código dos samurais, o bushido, disciplinado e pronto para morrer a qualquer momento. Fumio é o mestre nas formas de relacionar as partes da armadura, como o aço, a prata e o ouro, com o verniz utilizado e o couro. Estas peças, não são somente para os museus e colecionadores, mas são uma demonstração concreta que as tecnologias até hoje utilizadas possuem uma longa história de aperfeiçoamento, como as espadas que honram a cultura do Japão.
Chizuru e Fumio Nishioka
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15 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Japan Times, discussão sobre a oportunidade, diversidade chinesa, Grande Exposição Chinesa no Museu Nacional de Tóquio | 2 Comentários »
Quando violentas e inúmeras manifestações ocorrem na China e no Japão as autoridades fazem pronunciamentos veementes diante da disputa de ilhas, uma grande exposição de relíquias chinesas diversificadas é apresentada até dezembro próximo no Museu Nacional de Tóquio, com o claro apoio das autoridades chinesas, que pode até ser interpretado como de “soft power”. É evidente que a preparação de uma exposição desta magnitude que envolve 168 importantes itens, de diversas épocas e regiões, demanda muito tempo e não pode ser relacionada com acontecimentos recentes, mas sempre acaba despertando algumas curiosidades. O comentarista C.B. Liddell apresenta uma apreciação especial sobre o evento no The Japan Times, informando que a China não pode ser considerada homogênea, havendo uma grande diversidade em todo o seu território, bem como ao longo de sua milenar história, fazendo um paralelo com o que acontece hoje.
Com o tema geral “China: Grandiosidade de Dinastias” (tradução livre), a exposição apresenta cerâmicas, esculturas, trabalhos em metal e em jade, e estátuas de terracota dos soldados do Imperador Shi Huang. O curador Nobuyuki Matsumoto, do museu japonês, apresenta a exposição como manifestação do pluralismo. Como costuma ser da tradição chinesa, a exposição apresenta o quadro complexo dentro de um esquema histórico convencional e suas consecutivas dinastias. Mas pondera que se pretende somente a história política, pois a cultural apresenta mudanças dramáticas ao longo do tempo.
Survivors of time: Gilt silver Ashoka pagoda (Northern Song Dynasty, 1011); Sandstone pillar plinth (Northern Wei Dynasty, 484); a bronze jue tripod wine vessel (Yin dynasty, 16th-15th century B.C.) NANJING MUSEUM; SHANXI MUSEUM; ZHENGZHOU MUSEUM |
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22 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Japan Times, inovações nos jardins japoneses, Mirei Shigemori, os jardins de pedra
Os jardins japoneses são famosos no mundo, e os jardins Zen de Kyoto acabaram atraindo muitas atenções, como afirma Sachiko Tamashige num artigo publicado no The Japan Times sobre o assunto. O que se tornou mais famoso e inspirador foi o do Templo Ryoanji, elaborado de forma minimalista com o uso de pedras. Mas existem outros que procuram algo além do tradicionalismo para promover a tranquilidade e espaço para a contemplação, segundo a autora.
Mirei Shigemori (1896-1975), que se denominou um projetor de jardins e historiador dos jardins japoneses, desafiou os desenhos convencionais dos jardins japoneses. Ele recusou a imitar o estilo dos seus mestres ou escolas, como aconteceu com muitas artes convencionais como pintura, ikebana ou cerâmica.
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8 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Japan Times, autoria de Michael Hoffman, mudanças nas relações nipo-americanas
Michael Hoffman, autor do livro “Little Pieces: This Side of Japan”, escreveu um artigo publicado no The Japan Times que descreve a evolução das relações do Japão com os Estados Unidos, desde que elas começaram há mais de século e meio. Herman Melville, de Masssachusetts, embarcou no navio caça-baleia Acushnet em 1841, que atuava próximo ao Japão naquela época. Manjiro de Shikoku e quatro outros companheiros acabaram sendo resgatado no mar e ele, Manjiro, acabou sendo adotado por Melville, recebendo também o nome de John.
O famoso comandante Matthew Perry levou a carta do presidente Millard Fillmore ao Imperador Komei em 1854, acabando por ser imortalizado na ópera Madame Butterfly, no famoso Navio Negro, retratado por Utagawa Hiroshige. John Manjiro acabou servindo como intérprete entre ambos os países.
Gravura de Hiroshigue, comandante Perry e John Manjiro, publicadas no The Japan Times
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