Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Joseph Stiglitz Aplaude Abenomics

8 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Um apoio expressivo de um Prêmio Nobel de Economia como Joseph E.Stiglitz à política econômica japonesa que está sendo chamada de Abenomics ajuda a consolidar importantes condições para o seu sucesso, ainda que sejam evidentes os que devem arcar com seus custos. O aspecto que parece mais importante é que isto está motivando o setor empresarial japonês que há tempos aguarda por sinais para a recuperação de sua econômica. Joseph Stiglitz afirma que ele vem propondo algo semelhante para os Estados Unidos e a Europa, vendo uma consistência entre aspectos monetários e cambiais, com a fiscal e estrutural, ainda que se possa colocar em dúvida a fiscal. Ela vai acrescentar mais dispêndios, esperando-se que a dívida pública seja reduzida em termos reais por aumento da inflação, ou seja, um imposto não explícito sobre a população, que vai sofrer quedas de salários reais e redução dos seus ativos financeiros, que não podem ser desprezados do ponto de vista político.

Se a política conseguir despertar o espírito animal dos empresários para expandir suas atividades exportadoras e seus investimentos, como parece que está ocorrendo, aumentar os consumos da população com os riscos das perdas sobre suas poupanças, há possibilidades de sucesso desta política. Mas, parece difícil que simultaneamente os Estados Unidos, a Europa e o Japão continuem desvalorizando seus câmbios e ampliando suas exportações, com ganhos para todos. Uma surda resistência política da população poderá ocorrer, ainda que os empresários tenham uma forte influência sobre o estado de espírito da população como um todo, utilizando todos os meios de comunicação social, que até o momento não vem revelando grande entusiasmo.

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Joseph Stiglitz

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Observações Críticas Sobre a Economia Brasileira

25 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

Mesmo admitindo que se viva uma nova economia no mundo com acentuadas flutuações na economia, alguns países desenvolvidos apresentando crescimentos ainda modestos enfrentando agudos problemas, outros enfrentando grandes dificuldades para sair do vermelho como muitos europeus, emergentes acusando expansões mais modestas junto com novas dificuldades como a China e a Índia mais marcadamente, até os que registram os aspectos positivos do Brasil passam a também enfatizar suas limitações. Um exemplo é o artigo publicado por Helga Jung, da Allianz da Alemanha, publicado no Valor Econômico. Ela credita o país pelo crescimento da última década, a ampliação do seu sistema de liberdade democrática e uma significativa melhoria na distribuição de renda, o que seriam invejados por outros países.

Mas, quando muitos países procuram ampliar os seus entendimentos com outros do exterior com acordos de parcerias econômicas, ela registra que o Brasil e a Alemanha não conseguem um acordo mínimo que facilitem os investimentos alemães no Brasil. Mesmo sem concordar com posições como o de Ruchir Sharma, do Morgan Stanley, de que a economia brasileira já esteja em declínio ou outros brasileiros que lamentam as dificuldades de gestão, sem que o governo tenha uma clara política de médio e longo prazo, parecendo atender somente pontualmente os seus problemas mais agudos.

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Helga Jung                                                                  Ruchir Sharma,

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Fazendo do Limão a Limonada

9 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Política, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

Percorrendo os olhos pelos diversos meios de comunicação do mundo, percebe-se certo marasmo e decepção com a redução do ritmo de desenvolvimento que vinha ocorrendo no mundo. No site do Bloomberg, encontramos um perturbador artigo questionando se nos próximos 236 anos, tempo decorrido desde a sua Declaração de Independência, os Estados Unidos poderão sustentar a sua economia. No China Daily, questiona-se sobre o que acontecerá no futuro com os jovens atraídos do interior para os grandes centros urbanos diante da redução do seu ritmo de desenvolvimento. E no Brasil, os meios de comunicação social refletem a menor importância das comemorações da Revolução Constitucionalista de 1932 quando São Paulo se levantou contra o resto do país, que estava dominada por Getúlio Vargas, mostrando que seu peso relativo na Federação reduziu-se.

Deve-se reconhecer que esta mudança de ritmo do que vinha acontecendo para o quadro atual é sempre gerador de algumas frustrações, o que costuma ser aproveitado pelos mais pessimistas para divulgar os seus sentimentos. Mas sempre se podem ver os problemas de outros ângulos, mostrando que os desafios estão sendo enfrentados, podendo conduzir a novos avanços estimulantes.

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4 de julho nos Estados Unidos, jovens chineses procurando emprego e 9 de julho em São Paulo

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Reportagens Sobre o Brasil na Imprensa Internacional

13 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

De longe, a China é o país mais noticiado na imprensa internacional, mas o Brasil também desperta muito interesse, com uma ponta de ironia nos jornais ingleses, como o Financial Times, como num longo artigo escrito por Joe Leahy ontem. Já começa alertando que um programa econômico que se beneficiou do boom mundial das commodities corre o risco de ser colocado fora da atual corrente. Mas rende-se à realidade que o governo Lula da Silva promoveu o desenvolvimento com uma melhoria da distribuição de renda, ainda que atribua a maior contribuição aos fatos como Bolsa Família. Ele toma o caso da pequena cidade de Lauro de Freitas, na proximidade de Salvador, na Bahia, como indicador do que estão chamando de “Lulismo”, que combina uma marca de economia do bem-estar social, aumentos generosos de salários e crédito fácil, que começa a ser adotado também em outros países sul-americanos.

Mas o artigo admite que de 2003 até hoje cerca de 49 milhões de brasileiros ascenderam para a classe média ou até à classe média alta, segundo a Fundação Getúlio Vargas. A renda familiar da chamada classe D e E aumentou 1,8% ao ano desde que Lula da Silva assumiu o poder, e o número desta população declinou de 96 milhões para 64 milhões, ao contrário da China onde a renda familiar cresceu menos 2% ao ano do que o PIB daquele país. O Brasil aumentou seus shoppings centers, causando inveja aos europeus que amargam dias difíceis.

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