Infinitesimal, Mas na Direção Correta
24 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: correção paulatina de uma distorção, críticas pouco ponderadas, decisão de política econômica do governo Dilma Rousseff
Apesar do Brasil tratar-se de um país que conta com uma quantidade relativa de mão de obra que necessita de emprego, que tem escassez de capital e de tecnologia, adotaram-se encargos no passado que sobrecarregam a folha de pagamentos, induzindo a redução da sua utilização. Desde a época da criação da Sudene, os incentivos fiscais foram para a utilização de equipamentos, acreditando-se que isto facilitaria a capitalização, o que provocou a instalação de fábricas automatizadas no Nordeste, que não estimulavam atividades empregadoras de mão de obra, abundante naquela região.
Agora, o governo Dilma Rousseff, de forma correta, inicia um processo de redução de encargos sobre a folha de pagamentos, ainda que de forma cautelosa. Seria primeira medida de política econômica visando um resultado de longo prazo. Os críticos contumazes apressam-se a preverem a criação de novos impostos para fazer face à redução da receita da previdência. Eles esquecem-se que já houve casos de redução de tributos que provocaram aumento da arrecadação, pois a população tem em mente um máximo de tributação, a partir da qual aumenta a tendência ao uso de mecanismos de sonegação.
Presidente Dilma Rousseff, em foto de Roberto Stuckert Filho