Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Tecnologias Japonesas Para Economias Emergentes

15 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Um artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei informa que o atual nível da poluição chinesa está atraindo empresas do Japão a colocarem seus produtos naquele país. Citam inúmeros casos concretos, mostrando que os problemas passados de intensa poluição num pequeno arquipélago geraram tecnologias que hoje podem ser colocados em países emergentes como a China, a Índia e até no Brasil. De forma similar, os problemas agudos de disponibilidade de energia no Japão geraram tecnologias que hoje interessam a muitos países como o Brasil, que de uma abundância relativa de fornecimento de energia, passa a enfrentar desafios de seus usos crescentes a longo prazo a custos crescentes, ainda que medidas temporárias possam reduzir os seus custos, como no caso da energia elétrica.

Um dos casos citados é o da Sharp que está tentando ampliar as suas vendas de produtos de limpeza pela ventilação, que podem reter as partículas finas, especialmente os chamados PM2,5 com 2,5 micrômetros de diâmetro ou menores, prejudiciais à saúde. Estes são de uso doméstico, mas também existem os industriais que purificam o ar com a desulfurização e desnitrificação. Eles explicam que a poluição de pequenas partículas é uma mistura de produtos sólidos e gotículas microscópicas de líquidos, como ácidos, produtos químicos orgânicos e metais. Também a Panasonic coloca os seus produtos de limpeza que acumulam vendas subindo 120% num ano, com preços relativamente modestos, adaptados às condições chinesas, com sua produção local.

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Equipamento da Sharp para limpeza da micropoluição

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Abastecimento Mundial de Commodities Agrícolas

5 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

O jornal Valor Econômico reproduz hoje um artigo da jornalista Michiyo Nakamoto, do Financial Times de Tóquio, com o título “Japão busca novas fontes de grãos”, que merece alguns comentários. Segundo o artigo, o Japão, preocupado com a demanda chinesa de grandes volumes, procura entendimentos que permitam o seu abastecimento adequado da América do Sul ou da África. As medidas para aumentar a sua produção para melhoria do abastecimento mundial são viáveis, mas por se tratarem de commodities fica muito difícil assegurar o abastecimento de um determinado país, ainda que o mesmo participe da produção.

Não há dúvidas que a demanda chinesa, que costuma ser coordenada pelas autoridades, acaba perturbando o mercado internacional. Quando os chineses entram no mercado acabam provocando uma abrupta elevação dos seus preços, enquanto os japoneses costumam adquirir em pequenos lotes.

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