Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas Mundiais de Grandes Dimensões e Complexidade

19 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Os problemas que estão sendo enfrentados pelo mundo são de grandes dimensões, complexidade ímpar, e não apresentam perspectivas de fáceis soluções ainda que haja disposições das autoridades de todo o mundo. Os Estados Unidos conseguiram o aumento do teto do endividamento e a Comunidade Europeia está dando assistências aos países membros mais endividados, mas suas dificuldades se propagaram por todo o universo, afetando tanto os gigantes asiáticos, como a China, a Índia e o Japão, quanto países emergentes como o Brasil.

Os grandes credores dos Estados Unidos, como a China, possuem ativos de mais de US$ 3,2 trilhões em dólares norte-americanos, sendo mais de US$ 1,1 trilhão em bônus do Tesouro dos 200917155610925Estados Unidos. O Brasil também está com o grosso de suas reservas internacionais em dólares e títulos do governo americano. A política norte-americana de aumentar a oferta de dólares em todo o mundo elevou o fluxo financeiro internacional, provocando a exagerada valorização de muitas moedas, inclusive o real. Estes complexos assuntos estão sendo abordados no artigo de Yao Yang, que é diretor do Centro para a Reforma Econômica da China da Universidade de Pequim, publicado pelo Project Syndicate e reproduzido pelo Valor Econômico de hoje.

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A Enrascada Economia Japonesa

8 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Noriko Hama Lamentavelmente, observa-se um desânimo generalizado no Japão que passa por um agravamento de sua longa e difícil situação econômica, sem que seus líderes políticos ou empresariais sejam capazes de apresentar uma proposta consistente para sair da estagnação em que se encontram. Ao mesmo tempo, seu câmbio tende a valorizar-se, apresentando uma perspectiva mais complexa para o futuro. O jornal The Japan Times apresentou um longo artigo da jornalista Tomoko Otake, incluindo uma entrevista com a acadêmica Noriko Hama, professora de economia da Doshisha University Graduate School of Business de Quioto, que tem muitos livros publicados e escreve regularmente para os jornais. Ela trabalhou em Londres por muitos anos, na Mitsubishi Research Institute, um think tank importante do Japão.

A jornalista faz uma referência ao estouro da bolha japonesa nos primeiros anos 90, a quebra dos bancos, seguradoras e grandes empresas, que destruiu a confiança dos japoneses que tinham conquistado a designação de “tigre asiático” no pós-guerra. Passaram pelo que chamaram “década perdida”, que já são de duas dezenas de anos, que reduziram o consumo, os salários e, talvez o mais importante, o “people’s spirit”, ou o espírito do povo. Levando a economia a ser considerada a “ciência sombria”, expressão já anteriormente criada pelos ingleses.

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