Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Programa Para a Indústria Automobilística

26 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Na política de desenvolvimento industrial de um país, os recursos sempre escassos procuram ser alocados nos segmentos onde cada economia conta com maiores possibilidades de ser competitiva. A indústria automobilística, dentro de uma perspectiva de prazo razoável, ficou com a imagem que conta com um mercado interno expressivo, e os componentes que necessita possuem um largo espectro, beneficiando muitos outros setores, ainda que não sejam mais os mais intensivos no uso de recursos humanos. No passado, eles utilizavam matérias-primas abundantes no país, como as chapas de aço e uma mão de obra de qualificação média. Hoje, utilizam mais chapas de alta tecnologia, componentes plásticos e de eletrônicas embarcadas e a produção brasileira não chega a ser competitiva internacionalmente.

Compreendem-se medidas pontuais que preservem os empregos já existentes no setor, com reduções tributárias que vão se tornando cada vez mais permanentes, até porque o Brasil enfrenta a necessidade de redução da carga tributária, que vai sendo feito paulatinamente por setores. Mas, dentro de uma política industrial, os estímulos para a sua ampliação só se justificam se forem competitivas nos mercados externos, pois sempre contam com importações de equipamentos e componentes, que precisam ser honrados com moedas estrangeiras geradas pelas exportações. O que se pode discutir é se ela produz mais vantagens vis-a-vis frente a outros setores industriais para a economia brasileira, pois a quase totalidade das montadoras são empresas estrangeiras.

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O Salão do Automóvel atrai grande público. A presidente Dilma também visitou o evento

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Entendendo a Elevação dos Juros na China

21 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Com o anúncio do crescimento econômico chinês em 2009, principalmente no último trimestre, ficou clara a política monetária que vem sendo adotada por aquele país. Em poucas semanas, os juros básicos foram elevados duas vezes.

Em 2009, os chineses pretendiam, apesar da crise mundial, manter um crescimento em torno de 9%, considerado indispensável para criar os empregos necessários para a sua mão de obra, e anunciam que conseguiram 8,7%. No último trimestre de outubro a dezembro, este crescimento superou 10,7%, e como a economia mundial não vem ajudando estão ampliando o mercado interno.

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Esforço Econômico Coreano com Preservação da Qualidade

16 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Como qualifica o embaixador brasileiro na Coreia do Sul, Edmundo Fujita, este país está consciente que deve desenvolver uma cultura de sanduíche, por estar entre dois gigantes econômicos: o Japão e a China. Com grande pragmatismo, sabendo que conta com um mercado interno ainda limitado, desenvolve esforços para se manter competitivo no mercado internacional.

Os 30 maiores conglomerados coreanos indicam que, neste ano de 2010, seus investimentos devem crescer em cerca de 16,3%, ao mesmo tempo em que o emprego cresce 8,7%. E é preciso notar que este esforço se efetua paralelamente a um dos maiores empenhos em melhorar as condições do meio ambiente.

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Interesses Estrangeiros na América do Sul

8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , , , | 2 Comentários »

Sempre há interesse em separar o joio do trigo.  Todos sabemos que os interesses de grupos estrangeiros tendem a se comportar como manadas, com muitos especuladores aproveitando a ingenuidade dos mais inocentes, antecipando-se a fatos que alimentam o imaginário coletivo.  Não podemos nos interessar em bolhas que valorizam o câmbio e acabam prejudicando os legítimos interesses locais.

A recente valorização das Bolsas, ainda que parte seja uma recuperação da queda ocorrida anteriormente, parece a “exuberância” a que se referia Greenspan.  Se os investimentos estrangeiros contribuírem para a ampliação da capacidade interna, competitiva internacionalmente, trazendo tecnologias, criando empregos para os trabalhadores locais, muito bem !  Se só se destinam a ganhos financeiros de curto prazo, aproveitando um câmbio extremamente valorizado, juros altos em termos internacionais, uma mera troca de papeis, há que se tomar a devida cautela.  Mesmo admitindo que a especulação ajuda a lubrificar o mercado, e possa representar a vanguarda de investimentos diretos.

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