9 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: a greve dos metroviários, imprensa internacional, o apoio da população, os ônus e os bônus
A Copa do Mundo de futebol está sendo considerada pela imprensa internacional o evento recente mais importante mesmo entre os de qualquer natureza, estando credenciados para a sua cobertura mais de 19 mil jornalistas, prevendo-se que mais de três bilhões de pessoas no mundo assistirão a alguns dos seus jogos pela televisão. São cifras que superam até as das Olimpíadas e, mesmo quem está acostumado a acompanhar o que é publicado nos principais veículos de comunicação social, acaba ficando impressionado com a quantidade de matérias que estão sendo divulgadas. Além dos aspectos esportivos que predominam, quanto às preparações da infraestrutura, bem como tudo que está relacionado como o atendimento de mais de 600 mil turistas internacionais, e de todos os brasileiros que conseguiram entradas para os jogos e acabam tendo que viajar pelo Brasil.
Entre as lamentáveis explorações indevidas e paralelas desta intensa atenção para o evento, figuram as reivindicações trabalhistas dos metroviários, mesmo que sua greve tenha sido considerada abusiva pela Justiça responsável pelo setor. É um problema que continua preocupando. Os dirigentes do sindicato dos trabalhadores do sistema não se incomodam com os todos os inconvenientes que estão prejudicando à população como um todo. As multas que lhes foram impostas, ou até ameaças de demissões, não parecem afetá-los diante da divulgação que conseguem. Estão conseguindo matérias em muitos jornais do mundo, que não possuem a capacidade de avaliar o que acontece no Brasil, como os reajustes salariais acima da inflação e benefícios sociais concedidos que acabem superando o percentual de 12% para uma classe já privilegiada.
Sao Paulo’s Se subway station is all but deserted Sunday, the fourth day of a strike by workers. | AFP-JIJI.
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26 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: difícil seleção das prioridades, imprensa internacional, mundo emergente, problemas asiáticos, problemas sul-americanos
Os principais órgãos da imprensa internacional, agências de informações e revistas estão divulgando tantas análises relevantes que se torna difícil selecionar os que poderiam ser os prioritários. São sinais evidentes que o mundo passa por um período de grandes transformações, sobre as quais ainda não temos a perspectiva histórica para avaliar suas importâncias. O mundo emergente ganhou uma atenção que poucas vezes mereceu, com destaque para na Ásia, com a China e a Índia, mas envolvendo também o Brasil, nas Américas. Os países industrializados procuram escapar das tendências às suas estagnações, com aumento de suas populações idosas. Inovações tecnológicas estão aceleradas. Desequilíbrios surgem, pois as evoluções de todos não conseguem ser simultâneas.
O sistema de mercado indica que os preços dos alimentos e as principais matérias-primas industriais, da energia aos produtos siderúrgicos, acusam altas estimulantes que devem provocar novas iniciativas para ampliar suas produções, que podem levar alguns anos. Ao mesmo tempo, as disseminações das recentes inovações tecnológicas na área da comunicação aumentam os anseios de liberdade de povos que viviam sob autoritarismo, provocando turbulências que elevaram os riscos, sem permitir que se avalie como se propagarão pelo mundo. Como ensina um ditado chinês, os períodos de mudanças também são de oportunidades.
População egípcia foi às ruas para exigir mudanças e derrubou o ditador Mubarak
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24 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: demonstrações da ação coordenada, imprensa internacional, sempre os benefícios chineses considerados como prioritários
Toda a imprensa mundial tem sido profícua na divulgação de matérias relacionadas com os intercâmbios sino-americanos, procurando não se destacar os entrechoques que estão nos seus bastidores. Os chineses procuram fazer o seu public relations mostrando que estão incrementando as importações de produtos norte-americanos em dezenas de bilhões de dólares, mas elas estão concentradas naquelas que necessitam para manter a sua estabilidade, principalmente assegurando o seu abastecimento de alimentos. Ao lado da visita do presidente Hu Jintao a Chicago, as corporações estatais chinesas adquiriram volumes espantosos de soja norte-americana para entregas em 2011 e 2012, cuja Bolsa daquela cidade é a principal na cotação deste produto.
Todos sabem que a China enfrenta problemas de pressões inflacionárias com aumento dos preços dos alimentos e de algumas matérias primas, em parte como decorrência das irregularidades climáticas. Isto favorece não só os Estados Unidos como outros fornecedores destes produtos, como o Brasil. Não se trata de nenhum favorecimento aos norte-americanos, mas o estrito atendimento da necessidade dos chineses, que no máximo, está sendo antecipado aproveitando a viagem de Hu Jintao.
Colheita de soja no cerrado brasileiro
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