Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Volta à Racionalidade na Política do Comércio Exterior

26 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

O professor Delfim Netto vem insistindo que o Brasil, que tinha um volume de comércio exterior comparável com a China e a Coreia do Sul há algumas décadas passadas, com sua política de comércio exterior obtusa e de pouca visão por um longo período, acabou se distanciado dos países emergentes que conseguiram aproveitar as oportunidades para promover o seu desenvolvimento. Sua coluna no Valor Econômico volta a insistir no assunto, mostrando que existem sinais para mudanças que decorrem da capacidade dos diplomatas brasileiros, como o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, atual presidente da OMC – Organização Mundial do Comércio, que está ressuscitando este organismo que estava à beira da inanição. Ele insistiu na sua candidatura e conseguiu ser eleito diante dos seus méritos pessoais, e está conseguindo com que a Rodada de Doha tenha uma nova oportunidade no cenário internacional.

Enquanto o mundo disseminou acordos bilaterais e multilaterais para superar as dificuldades de um acordo global, o Brasil manteve-se isolado carregando um pesado fardo representado pelo MERCOSUL e seus participantes pouco racionais, presos a preconceitos ideológicos onde os parceiros não conseguem superar as dificuldades para um acordo pragmático como, por exemplo, com a Comunidade Europeia. Ainda que qualquer acordo também traga alguns inconvenientes para alguns setores, o importante deve ser o conjunto da economia que certamente se beneficia com a redução das restrições de comércio internacional. A esperança é que, ao lado do esforço global com a OMC, o Brasil volte a ter umas atitudes agressivas em outros acordos regionais, superando os obstáculos apresentados pelos parceiros do MERCOSUL, que certamente acabarão sendo arrastados pela liderança brasileira.

azevedo

Roberto Carvalho de Azevêdo, presidente da OMC

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