Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Notícias Alvissareiras Sobre as Livrarias Japonesas

12 de setembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Entre as livrarias no mundo, as japonesas sempre foram as mais atraentes, tanto para aquisições de livros novos e usados como materiais correlatos como os utilizados em escritórios. Como o professor Antonio Delfim Netto costumava frequentar muitos estabelecimentos espalhados pelo mundo, ele ficava impressionado com a limpeza, organização e profissionalismo que encontrava nestes estabelecimentos no Japão, que se diferenciavam do resto do mundo. Eles também organizavam catálogos até de livros usados que eram enviados para os clientes habituais, e podiam ser adquiridos até do Brasil, ainda que seus preços fossem mais elevados devido ao câmbio. Uma parte dos livros que constituíram o acervo de sua biblioteca, hoje doada para a FEA-USP Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo, a maior que foi formada por um particular, foi constituído desta forma.

Num artigo escrito por Hiroko Ihara, publicado no site do jornal Japan News traz notícias alvissareiras que as livrarias japonesas estão reagindo às Amazons da vida, ampliando suas instalações para estantes com livros físicos, notadamente em línguas estrangeiras, para atender os clientes que gostam de folhear os livros, examinando seus conteúdos antes de comprarem. Famosas livrarias como a Maruzen de Tóquio informam que passaram o seu departamento de livros em idiomas estrangeiros, notadamente em inglês, de 90 mil para 120 mil exemplares, ocupando espaços que eram destinados aos aparelhos e equipamentos eletrônicos. Algo semelhante aconteceu também no Kinokuniya e até a Bookoff, a maior cadeia japonesa de livros usados do Japão que atua também no exterior, acompanha esta tendência.

 clip_image002             Long rows of bookshelves at Maruzen Marunouchi Main Store, The Japan News.

Algumas razões são apontadas para esta nova tendência nas livrarias japonesas. Certamente a globalização está levando mais japoneses a procurarem livros de outros idiomas, notadamente o inglês. Há um aumento de clientes estrangeiros, pois muitos foram trabalhar no Japão. Alguns japoneses induzem seus filhos a estudarem em livros estrangeiros para aperfeiçoarem seus idiomas. Eventos internacionais como a próxima Olimpíadas de 2020 no Japão provocam interesses da população.

Observa-se que, mesmo que os jovens utilizem muitos livros que podem ser obtidos nas suas versões eletrônicas pela internet, os que amam realmente as leituras apreciam usufruir do prazer de toca-os diretamente, entre eles os de mais idade que desenvolveram estes hábitos ao longo de suas vidas.

Na realidade, as visitas as livrarias acabam sendo um programa, onde podem ser obtidos “stationary” da melhor qualidade, que dificilmente podem ser adquiridos em outras partes do mundo, pela sua ampla variedade. O que se espera é que esta tendência que começa a se verificar no Japão espalhe-se pelo mundo, para alegria de todos que apreciam os livros.


Mitsui Pretende Ampliar Atividades Com Grãos

17 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

Uma notícia surpreendente foi publicada no Japan News, do grupo Yomiuri Shimbun, tendo como fonte a Bloomberg. A trading japonesa Mitsui & Co. pretende ampliar em 25% dentro de três anos suas atividades relacionadas com os grãos, tornando-se a maior no Japão, desafiando tradicionais operadoras mundiais como a Cargill e a Dreyfus. Com os resultados com o minério de ferro, diante da desaceleração do crescimento da economia chinesa, está procurando ampliar suas atividades nas áreas de alimentação e saúde que estão em expansão no mundo. No seu setor de Lifestyle, que envolve a agricultura e a medicina, está ampliando os seus investimentos e financiamentos em cerca de US$ 4 bilhões nos quatro continentes.

Pretende negociar 20 milhões de toneladas métricas de grãos por volta de 2017. Com isto, almeja ultrapassar a norte-americana Cargill assim como a francesa Dreyfus, bem como a nova operadora Marubeni do Japão. A declaração seria do gerente de planejamento estratégico do grupo, numa entrevista concedida em Tóquio, afirmando que estaria junto das chamadas majors do mundo. Segundo dados da International Grain Council, estaria com 7% do comércio global anual. Neste ano fiscal de até abril, pretende atingir 16 milhões de toneladas, quando no ano anterior era de 13 milhões.

mitsui_Co_Bloomberg-300x200Mitsui_logo

Sede da Mitsui & Co. em Tóquio

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