Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Disputa do Mercado de Fast Food no Sudeste Asiático

24 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Um interessante artigo de Elizabeth Rosen foi publicado no Nikkei Asian Review informando que empresas do Vietnã estão disputando o mercado regional dos consumidores jovens com as tradicionais de fast food norte-americanas. Com o aumento da intensidade dos usos dos meios eletrônicos nos mercados emergentes do Vietnã como em países vizinhos do Sudeste Asiático, empresas locais estão oferecendo refeições rápidas, ainda que com preços um pouco mais elevados, mas preservando os hábitos locais. Os restaurantes que servem enrolados, como os conhecidos rolinhos primavera, com ingredientes variados, ou tipos de macarrões asiáticos com sabores diferentes, dos tipos que ficaram conhecidos no Brasil como yakissoba. Suas instalações são hoje mais claras e limpas, fugindo dos tradicionais, ainda que muitos temperos sejam carregados nas pimentas.

Uma das cadeias destes restaurantes tem o nome de Wrap & Roll, e outra Nem Gion, e fazem uma leitura mais moderna dos tradicionais no Vietnã e na região do Sudeste Asiático, que também estão sendo apreciados no Ocidente. Mas, no momento, os planos cobrem cidades como Ho Chi Minh, Danang e Nha Trang, estendendo-se por Cingapura, Malásia, Filipinas e Taiwan. Estas culinárias são consideradas mais saudáveis e leves, ainda que mesmo o fast food do tipo servido no McDonald e KFC também procura se adaptar às novas preferências dos consumidores.

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Customers enjoy a meal of spring rolls at a branch of Wrap & Roll in Hanoi. Photo: Nikkei Asian Review,

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Os Benefícios dos Pequenos Produtores Agrícolas

23 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , ,

Apesar do forte desejo de prestigiar os pequenos produtores rurais que, sem dúvida, criam mais empregos, há que se reconhecer que a disseminação de tecnologias exige um esforço de assistência técnica para viabilizar seus empreendimentos que nem sempre está disponível, apresentando dificuldades. Kanayo F. Nwanze, o nigeriano presidente do IFAD – International Fund for Agricultural Development, uma agência das Nações Unidas, publicou seu artigo via Project Syndicate propondo intensificar a assistência aos pequenos produtores, mas para que suas ideias sejam aproveitadas há que se contar com o que se aprendeu com a experiência passada.

Entre 1940 a 1970, o prêmio Nobel Norman Borlaug provocou o fenômeno que teve por nome “Green Revolution”, que começou beneficiando a Índia e se espalhou por todo o mundo, inclusive o Brasil. Como ensinar os pequenos agricultores a adotarem novas técnicas agrícolas, como curvas de nível, demanda um grande número de especialistas envolvidos na assistência técnica, concentrou-se a atenção na produção de sementes selecionadas de mais alta produtividade, utilização de corretores de solo e fertilizantes, além de defensivos. No Brasil, com a utilização do crédito rural, subsidiavam-se aqueles que utilizavam os chamados indevidamente de “insumos modernos”, quando fertilizantes já eram conhecidos deste a antiguidade. Os grandes produtores foram mais ágeis no aproveitamento destes subsídios, mas acabou-se beneficiando também os pequenos produtores.

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Kanayo F. Nwanze, e Norman Borlaug

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