Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Difícil Acordo Militar Japão-Estados Unidos

23 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , | 9 Comentários »

Este é um assunto de difícil compreensão, principalmente para quem não é japonês nem norte-americano. Mesmo para eles, não há um razoável consenso, e só se pode dar uma idéia geral para tentar entender um problema tão complexo, que repercute para todo o resto do mundo. Como o Brasil faz parte deste mundo, sempre é conveniente conhecer, no mínimo, os aspectos fundamentais deste complicado caso.

Informa-se que o Japão e os Estados Unidos chegaram neste fim de semana a um acordo, ainda em princípio, para a próxima remoção da Base Aérea de Futenma, em Okinawa, que não é a única naquele país. Ela iria para uma localidade próxima, na costa de Henoko, distrito de Nago, em Okinawa, com o que a população local não concorda. Esta base tem sido motivo de constantes atritos, pois se localiza hoje dentro da área urbana.

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Só nas Catástrofes Somos Solidários?

28 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

As catástrofes naturais parecem estar lembrando a humanidade que não é somente na economia que está havendo uma globalização, implicando numa consciência da vida numa aldeia global.  Ainda não somos capazes de conseguir um razoável consenso sobre as medidas de preservação do meio ambiente, estabelecendo metas claras.

Os desastres ocorridos no Haiti, em Okinawa e agora no Chile despertam solidariedades somente nos momentos críticos e, ainda que importantes, não ajudaram no estabelecimento de mecanismos permanentes de colaboração internacional.

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Mais Notícias da Ásia

26 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , ,

Continuamos tentando adicionar informações diferenciadas que permitam compreender algumas notícias vindas da Ásia.

Em Okinawa, numa crucial eleição para a Prefeitura de Nago, a oposição ao governo Hatoyama venceu com Sussumu Inamina. Isto complica ainda mais o problema da realocação da base militar norte-americana de Futema, que vem sendo discutida. Problemas com crimes de soldados americanos em Okinawa tornam a população local muito sensível à presença deles, ainda que Japão e Estados Unidos considerem a continuidade da aliança militar crucial para a segurança do Extremo Oriente.

Os suicídios no Japão são elevados, e nos últimos 12 anos superam a marca de 30 mil casos por ano. Além de ainda ser considerado socialmente uma saída honrosa por algumas pessoas mais introvertidas, a crise econômica continua agravando o problema, passando a exigir atenções das autoridades onde estes casos dobram a média nacional. Os homens são mais de 65%.

O turismo internacional no Japão, ainda que tenha caído em 2009, continua elevado, liderado pelos chineses, taiwaneses e coreanos, que superam 1 milhão anual cada. Os chineses, na sua maioria casais com um filho, usam estas visitas como lições para os jovens sobre um país industrializado, que podem ser copiadas. As lojas japonesas, como em Akihabara – bairro famoso pelos produtos eletrônicos, colocam cartazes em chinês e estes turistas são grandes compradores de produtos “Made in Japan”, ainda que muito mais caros que os chineses.

As empresas japonesas estatais, privatizadas, continuam diversificando suas atividades. A KKD (similar a Embratel) ingressou no setor de TV a cabo. A JR (que explora o trem rápido) começou a produzir aparelhos de “game”, pois os passageiros costumam jogar muito durante as viagens.

Os coreanos intensificaram os entendimentos com os indianos sobre o CEPA – Comprehensive Economic Partnership Agreement, pois os asiáticos, com o fracasso da rodada de Doha, aumentam os acordos bilaterais.