16 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: aproveitamento de algas para bioenergia, plano de longo prazo para energia, política industrial
Na tentativa de saírem da crise em que se encontram, muitas medidas estão sendo tomadas no Japão, num entrosamento do governo com o setor privado. Entre elas, o jornal Daily Yomiuri noticia que o METI – Ministério da Economia, Indústria e Comércio está discutindo um plano energético de trinta anos, visando o desenvolvimento de novas energias, bem como economia do consumo das mesmas, com uma perspectiva mais longa. Os planos anteriores eram de dez anos. Dentro das novas fontes de energia, a empresa DIC com a Universidade de Tsukuba trabalha na produção em larga escala da alga verde botrycoccus para a produção de biocombustível, conforme noticia o Nikkei.
Outra iniciativa pela INCJ – Innovation Network Inc.of Japan, segundo o mesmo jornal Nikkei, junta os esforços da Toshiba, Sony e Hitachi para integrar suas operações com os painéis de LCD para uso nos novos aparelhos eletrônicos de comunicação, que tenha 20% do mercado global. Tudo isto mostra que o Japão está tentando romper os problemas que estão limitando seu desenvolvimento.
1. Sítio da DIC nos Estados Unidos, que opera a maior produção de algas do mundo / 2. Através do INCJ, Japão busca implementar a política industrial a partir da perspectiva de um fundo de investimento
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12 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: dificuldades decorrentes do câmbio e juros elevados, política industrial, retomar a competitividade
Todos se mostram preocupados, pois a indústria brasileira tinha atingido uma complexidade bastante grande, com uma sofisticação elevada em relação ao nível de renda do Brasil, e vinha exportando razoavelmente. Agora, ela vem sofrendo uma retração importante, principalmente com a atual taxa de câmbio. Existem outras limitações, como os juros elevados, os tributos pesados, a infraestrutura deficiente e todo o conjunto de fatores que se convencionou chamar de “custo Brasil”, mas é o câmbio que não permite a indústria local competir com os produtos importados, afetando-a de forma decisiva. Isto reduz o emprego, o que preocupa profundamente tanto a população como as autoridades.
As tendências dos juros não podem ser alteradas bruscamente, cujos diferenciais com as do exterior determinam um forte influxo de recursos financeiros, que acabam valorizando o câmbio, afetando todas as atividades econômicas. O governo se vê obrigado a instituir uma política industrial para tentar reverter a apresente situação, mesmo que seja de alcance mais limitado e os resultados possam ser colhidos num prazo mais longo. O jornal Valor Econômico anuncia uma nova política industrial num artigo elaborado pela competente Claudia Safatle, dando algumas indicações gerais do que seria um pacote, com o possível nome de “Brasil Maior”. A mesma notícia com menos indicações estão em outros jornais.
Presidente Dilma Rousseff
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