Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aceleração da Desigualdade no Mundo e Entre Pessoas

27 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , , ,

Dois eminentes autores, o Prêmio Nobel de Economia e professor da New York University Michael Spence e o presidente do Council on Foreign Relations Richard N. Haass, que também desempenharam papéis importantes em diversos organismos oficiais, sendo autores de importantes livros, comentam em artigos recentes publicados pelo Project Syndicate sobre o agravamento das desigualdades econômicas no mundo, notadamente entre pessoas. Apesar de estarem preocupados com a necessidade de coesão social e política influenciada pela melhoria nesta distribuição, mostram-se preocupados com tendências para uma redistribuição induzida que afete as possibilidades de manutenção do processo de desenvolvimento, o que resulta na perpetuação destas diferenças, com honrosas exceções como a do Brasil que infelizmente não apresenta um crescimento vigoroso.

Michael Spence observa que, depois da crise de 2008 experimentada pelas economias desenvolvidas, esperava-se uma discussão sobre o crescimento, emprego e a desigualdade da renda. A recuperação está se mostrando lenta, com pouca criação de empregos, piorando a distribuição de renda, antes e depois da crise. Os ganhos de renda estão concentrados nas classes altas, com diferenças na qualidade da educação. Ele tece uma série de considerações teóricas e acadêmicas sobre o assunto, não se mostrando muito otimista sobre a possibilidade de melhoria na distribuição de renda, que dependeria fortemente dos investimentos públicos.

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Michael Spence                                                        Richard N. Haass

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Os Problemas da Desindustrialização Prematura

12 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O conhecido professor de ciências sociais Dani Rodrik, do Institute for Advanced Study, Princeton, New Jersey, USA, apresenta no seu artigo divulgado pelo Project Syndicate um instigante problema da desindustrialização cada vez mais prematura nos países emergentes, inclusive no Brasil. Ele faz um rápido apanhado histórico mostrando que desde a Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha, o pico do percentual do emprego industrial ocorreu antes da Segunda Guerra Mundial, quando atingiu 45% do total dos empregos. Já em 1970 estava em torno de 30%, e atualmente encontra-se em menos de 10%, mas ajudou no aumento da produtividade da mão de obra, que marcou o seu processo de desenvolvimento.

Ele cita outros dados dos países desenvolvidos, onde os Estados Unidos cuja indústria empregava menos de 3% da força de trabalho no início do século XIX, atingiu 25-27% no terço médio do século XX, e está absorvendo menos de 10% nos últimos anos. Na Suécia, chegou-se a um pico de 33% em 1960, e mesmo na Alemanha, considerada a economia industrial mais forte do mundo, o seu pico foi em torno de 1970, com cerca de 40% do emprego. Segundo Robert Lawrence, da Universidade de Harvard, a desindustrialização a desindustrialização é um fenômeno comum e antecedeu a recente onda de globalização econômica.

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