Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Difícil Ajustamento a Um Crescimento Mundial Modesto

26 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Todos sabem que os ajustamentos políticos para um crescimento econômico mais modesto, até frustrante, sempre é difícil, principalmente quando muitos países estão diante de situações eleitorais. Angela Merkel, da Alemanha, já tinha afirmado que muitos sabiam o que teria que ser feito na Europa, mas não sabiam como ganhar as eleições neste quadro de insatisfações generalizadas. Os Estados Unidos ainda apresentam incertezas sobre os próximos resultados eleitorais que podem apresentar mudanças sensíveis para o resto do mundo, mesmo com sua ligeira recuperação econômica. Este quadro de insatisfações torna-se complexo no Japão, que enfrenta disputas territoriais com seus principais vizinhos, quando os apelos nacionalistas tendem a se agigantar, fazendo com que nem o adequado equacionamento de sua gigantesca dívida pública encontre respaldo parlamentar na Dieta. Novos partidos acabam se apresentando com os eleitorados não satisfeitos com os partidos políticos situacionistas e seus principais opositores.

As informações mais recentes provenientes do Japão, pelos mais variados meios de comunicação, informam que o governador de Tóquio, o veterano político Shintaro Ishihara, que tem uma posição hostil à China renunciou ao seu mandato para tentar revigorar o seu partido no nível nacional. Algo semelhante já vinha acontecendo na região de Osaka, onde o prefeito Toru Hashimoto criou o Nippon Ishin no Kai (Partido da Restauração do Japão). Ao mesmo tempo, a Dieta cria dificuldades para a autorização para que o governo japonês financie o seu déficit público equivalente a US$ 479 bilhões neste corrente exercício que vai até março de 2013, pressionando o primeiro-ministro Yoshihiko Noda a antecipar as eleições gerais, como até noticiado no Financial Times. Tudo isto cria uma crise aguda no Japão, que enfrenta problemas para a sua recuperação econômica, que não pode contar com as suas exportações para a China nem com ativas colaborações de suas empresas instaladas naquele país vizinho.

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Yoshihiko Noda                            Shintaro Ishihara                    Toru Hashimoto

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