Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Experiências Concretas Com a Covid-19 em São Paulo

21 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

Recebi do meu dentista a informação de que ele teria feito testes para verificar se estaria contaminado pela Covid-19 e não estando ficou tranquilo. Providenciei com um experiente imagemédico conhecido de longa data, e dirigente de uma entidade que reúne hospitais de São Paulo, as receitas para a realização destes exames para mim e minha esposa, que somos idosos e já afetados por outras moléstias tratadas que nos colocam no grupo de risco.

Imagem da Covid-19, segundo cientistas

Foram nos recomendados os testes de Sorologia Ig M e Ig G para SARS COV 2 (Covid-19) que nós fizemos. Estes são efetuados com a retirada de sangue. O Ig M indicaria a presença atual do vírus nos pacientes que estariam sendo combatidos pelos antivirus, e o Ig G a presenças passadas do vírus, com os antivírus atuando no momento. O meu deu como resultados:

Anti-SARS-Cov-2, Anticorpos Ig M – NÃO REAGENTE O,6 UA/mL e Anticorpos Ig G – REAGENTE 2,1 UA/mL. Segundo a tabela anexa a estes resultados, o reagente seria igual ou superior a 1,1 UA/mL. Os resultados da minha esposa deram ambos NÃO REAGENTES.

Havia uma nota anexa informando que estes dados não estão totalmente estabelecidos pelos atuais conhecimentos científicos que continuam evoluindo, havendo necessidade de, a critério clínico, repetição da sorologia em 20 dias. Também efetuei estas repetições que confirmaram os mesmos resultados anteriores, que confirmam que não estou com estes vírus e os antivírus continuam em ação. Trata-se de um caso em que os médicos denominam assintomáticos, que não apresenta nenhum indício de contaminação.

imagePara os leigos, estes resultados indicariam contato com o vírus no passado, não se sabendo claramente quando, havendo já a ação dos anticorpos. Os da minha esposa deram ambos não reagentes. Como existem outros métodos para estes tipos de testes, foi nos recomendado que fizéssemos o chamado RT por PCR, que retira materiais das narinas e da garganta para exames.

Ilustração da retirada de material da narina e garganta

Depois de transcorridos os dias recomendados, os exames foram repetidos e todos deram resultados coerentes. Ou seja, de alguma forma, fui infectado no passado, não tendo mais os vírus atualmente, com os anticorpos em ação, estando imune, não se sabendo ao certo por quanto tempo. Pelo que se sabe cientificamente, é que existem muitos tipos de vírus semelhantes, dos mais agressivos aos menos violentos, que atuam sobre os pacientes, sendo que os que têm doenças respiratórias sejam os mais vulneráveis.

Diabetes, obesidade e outras moléstias, além da idade avançada, são também fatores que aumentam a possibilidade de se contrair a Covid-19. As recomendações da Organização Mundial de Saúde continuam sendo de se evitar grandes aglomerações de pessoas, uso de máscaras protetoras e uso constante de álcool gel, que continuam sendo eficientes para reduzir possíveis contágios.

Todos estão conscientes que se desenvolve um grande esforço mundial para se conseguir vacinas eficientes para a Covid-19, mas os trabalhos sérios costumam ser cuidadosos, com grandes amostras científicas, contando também com um grupo para servir de referência para comparação dos resultados, como é recomendável em qualquer trabalho criterioso do ponto de vista das técnicas estatísticas.

O dramático é que alguns destes vírus sofrem mudanças ao longo do tempo, mesmo com a eliminação de muitos. Os mais resistentes aos métodos de seu combate acabam se multiplicando, como ocorre em infecções hospitalares. Alguns lugares estimulam as renovações do ar em ambientes fechados, mas nem sempre se cuida dos filtros dos aparelhos de ar-condicionado, que acabam se tornando perigosos para a multiplicação de vírus.

A humanidade já passou em épocas mais distantes por pandemias como a atual. Existem cientistas que aventam outras novas no futuro, para as quais se espera que todos estejam bem preparados, com menos afetados e lamentáveis mortes. Como existem diferenças significativas nos resultados entre países, espera-se que todos tenham a humildade de adaptar o que funcionou melhor e dependem muito da consciência da população local.


Otimismo e Pessimismo Econômico Mundial e Brasileiro

6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Todos que estão razoavelmente informados sobre a situação econômica no mundo e no Brasil sabem que existem dificuldades hoje, talvez ligeiramente maiores que já existiram em muitos momentos no passado. Ainda assim, o mundo vem registrando uma recuperação razoável, ou uma desaceleração suportável superando muitas das limitações que sempre existiram, com algumas melhorias significativas nos países em desenvolvimento ou emergentes. As vozes que reclamam da situação pouco ajudam na criação de um clima que, quando é positiva, acaba ajudando a todos a se empenharem na superação das limitações existentes. Não existem muitos casos de pessimismo generalizado que tenha ajudando a reverter o quadro para um ciclo de prosperidade, do tipo que ficou conhecido como “malthusianismo”, com base nas teorias de Thomas Robert Malthus, que previa que a humanidade estaria condenada à falta de alimentação, com o crescimento populacional.

Isto tende a levar algumas autoridades a interpretarem que os empresários sempre falam das dificuldades da economia e do governo, quando os responsáveis pela política econômica são obrigados a atuar quando os pessimismos são substanciais e não são superáveis somente pelos esforços do mercado privado. Existem casos que sempre reclamam de prejuízos, enquanto novas empresas foram agregadas ao grupo, ou empresários rurais sempre reclamando da assistência do governo e das cotações do mercado, mas vieram adicionando novas fazendas nos seus patrimônios, como num famoso caso brasileiro em que ele se tornou o maior produtor de café no Brasil. Octávio Gouveia de Bulhões, que chegou a ministro da Fazenda do Brasil, chegava a estar convicto que os empresários eram sempre “chorões”, até mesmo quando tinham razão nas suas reclamações.

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Thomas Robert Malthus e Otávio Gouveia de Bulhões

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Dificuldades do Desenvolvimento Equilibrado

31 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , ,

Mesmo sem a pretensão de elaborar uma teoria completa, ouve-se com grande frequência críticas sobre os problemas enfrentados pelos processos de desenvolvimento econômicos equilibrados de muitas economias formuladas por acadêmicos que nunca executaram políticas econômicas e são incapazes de entender as limitações das autoridades responsáveis por diversos setores. Parece muito fácil formular críticas e alternativas, principalmente depois que as coisas já aconteceram, quando o futuro já virou passado, pelos chamados engenheiros de obras feitas. Isto, apesar de muitos resultados razoáveis, dentro das limitações existentes, como os observados no Brasil.

Muitos afirmam que o país deveria ter um sistema educacional melhor que proporcionasse igualdade de oportunidades, uma saúde pública preventiva para todos, uma infraestrutura adequada, uma política fiscal equilibrada, um nível de poupanças e investimentos mais elevado, melhor equilíbrio do setor externo, uma política agrícola e industrial mais razoável e outras limitações fáceis de serem apontadas. Não reconhecem que o país, com todas as suas limitações, veio ao longo de muitas décadas registrando uma taxa de desenvolvimento razoável que o coloca entre as economias que atraem hoje muitas empresas estrangeiras que desejam aproveitar as oportunidades que se apresentam, participando do grupo que se denominou BRICs. Que veio corrigindo algumas de seus desequilíbrios mais evidentes, fazendo o que é possível e não o que é desejável.

medalhas

Quadra de medalhas do Panamericano no México

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Department Stores no Japão

6 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , | 2 Comentários »

Grandes lojas de departamento, conhecidas como Department Stores, eram símbolos do comércio varejista de alto nível do Japão. Nomes como Takashimaya, seculares, davam prestígio aos produtos lá adquiridos nos períodos áureos da economia japonesa. Mas foram atingidos pelas recentes crises, e voltaram a apresentar vendas crescentes, mas sofrem concorrências agressivas de outros retalhistas especializados.

Uma notícia divulgada pelo jornal econômico Nikkei informa que a Takashimaya conseguiu resultados positivos, entre março e maio deste ano, graças a reduções dos seus custos, mas outros retalhistas especializados estão obtendo resultados mais expressivos. Os resultados alcançados não podem ser projetados para o futuro, de forma que suas ações continuam sofrendo nas bolsas de valores.

departamento

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