Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aproveitamento Eficiente de Eventos Como as Olimpíadas

19 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Apesar dos grandes investimentos efetuados nos variados eventos de importância internacional observa-se que muitos deles foram utilizados com eficiência para obter alguns resultados almejados, quer sejam esportivos, de elevação do orgulho nacional, como de aproveitamento futuro da infraestrutura preparada. O Japão teve um surto de melhoria das condições criadas pelas Olimpíadas, e o mesmo aconteceu na Coreia com reuniões como do Fundo Monetário Internacional ou a China também com as Olimpíadas. Mas também existem casos de fracassos, como o da Grécia. Agora, o Reino Unido mostra-se animada com os resultados esportivos alcançados. Robert Skidelsky, que ostenta títulos como o de professor Emérito de Política Econômica da Warwick University, membro da British Academy, membro da Câmara dos Lordes, publicou seu artigo sobre a Economia das Olimpíadas no prestigioso Project Syndicate.

É evidente que todos os prognósticos do que vai acontecer no futuro, que depende não só dos recursos humanos brasileiros como de todos os demais competidores, não pode senão indicar uma tendência do que é recomendável, com base nos estudos estatísticos efetuados com dados passados. Mas os britânicos se mostram agradavelmente surpreendidos com os resultados esportivos que alcançaram, quando havia uma previsão da obtenção de 24 medalhas de ouro e conseguiram 29, como previsto por um estudo efetuado pelo Financial Times. Os Estados Unidos tinham uma previsão de 39 e conseguiram 46, a China de 37 e obteve 38, a Rússia de 12 e obteve 24, a Coreia do Sul 12 e obteve 13, e a Alemanha 9 e obteve 11. O Brasil obteve somente um total modesto de 15 medalhas colocando-se no 21º lugar, e deve se preparar de forma mais eficiente para as próximas Olimpíadas de 2016, utilizando indicadores como fizeram muitos outros países.

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Robert Skidelsky

O artigo de Robert Skidelsky afirma que estas previsões podem ser feitas com grande precisão, e certamente ele está se referindo aos estudos estatísticos que permitem projeções com elevadas probabilidades, dentro de um intervalo com razoável segurança. As quatro variáveis principais nestes modelos seriam: a população, o nível de renda per capita, as performances obtidas no passado e a situação de estar sediando os Jogos. As demais, como estruturas de treinamento, melhores equipamentos, apesar de serem atrativos, não conseguem obter significância estatística nestes modelos.

É evidente que um país minúsculo populacionalmente tem poucas condições de identificar talentos, e o nível dos investimentos possíveis afetam os demais preparativos. Os resultados obtidos no passado acabam estimulando a população, como no caso da Jamaica nos atletas velocistas de curtas distâncias que são considerados heróis nacionais, e o fator “casa” acaba provocando um estímulo além dos investimentos que ela obriga. Alguns esportes são sensíveis aos investimentos efetuados e ao nível de renda, pois exigem gastos elevados.

Segundo o autor, o Brasil pode esperar por melhorar sensivelmente os resultados como outros países que sediaram os Jogos Olímpicos no passado, e ele recomenda: selecionar suas modalidades esportivas potencialmente vencedoras do país, escolher os medalhistas potenciais, concentrar os investimentos sobre eles, até com patrocinadores globalizados, além dos mecanismos existentes em diversos países para conseguir os recursos, como as loterias.

Ele reconhece que muitos criticam a concentração de investimentos nestes Jogos, quando os recursos poderiam ser voltados para a educação e outros fatores que promovem o bem-estar. Mas admite que o esporte tenha elevado o moral nacional, que facilita a solução de outros problemas. A ideia da escolha dos vencedores pode ser aplicada em outros setores, como da economia, gerando um ciclo favorável. No fundo, está se manipulando a paixão nacional, e todos os países necessitam dos seus heróis.

Há que alertar, adicionalmente, que os eventos esporádicos tendem a gerar maiores irregularidades. Para melhor aproveitamento dos investimentos em infraestrutura que sejam feitos, há que se considerar em nível nacional as prioridades das diferentes obras, evitando-se as que ficarão depois ociosas. Como o tempo de preparo é limitado, há modalidades onde os técnicos precisam ser importados, havendo necessidade que os locais tenham amplas experiências internacionais. No fundo, está se lidando com o mundo globalizado, onde todos os demais concorrentes estão superando, também, os limites que eram considerados difíceis de serem superados.


Carros Verdes no Japão, na França e no Brasil

4 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Mesmo no atual cenário econômico internacional ,intensificam-se as notícias sobre os usos e as produções de automóveis amigas do meio ambiente em todo o mundo. Na França, que foi pioneira na utilização de bicicletas no transporte urbano popular, com o aluguel disseminado em variados pontos das cidades como Paris, está adicionando o aluguel de carros elétricos em diversos locais estratégicos da metrópole, com tarifas modestas. No Japão, instituiu-se um ponto de táxi com carros elétricos na proximidade da principal estação de trens, inclusive Shinkansen, além de elevado número de linhas de metrô.

No Brasil, conforme amplamente anunciado hoje no jornal Valor Econômico, depois da reunião de Carlos Ghosn da Renault – Nissan com a presidente Dilma Rousseff, quando o assunto do carro elétrico também foi levantado, divulga-se que o governo pelos diversos ministérios envolvidos com o assunto, como o de Ciência e Tecnologia, volta-se a possibilidade de conceder estímulos fiscais para estes carros elétricos bem como os flex que também usam combustíveis amigas do meio ambiente, como o etanol.

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Ao fundo, Carlos Ghosn, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Aloisio Mercadante

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Efeitos da Política Econômica

8 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

As informações vindas do Japão dão conta que o nível de confiança dos proprietários de lojas, motoristas de táxis e outras pessoas consideradas indicadores precedentes do que vai acontecer na economia melhorou pelo quarto mês consecutivo. Como é do conhecimento geral, o Japão figurava entre os países onde a recuperação da recessão era mais difícil, por adotar uma política mais conservadora.

Medidas tomadas pelo governo, como a redução de impostos sobre veículos e residências menos poluentes, melhoraram os indicadores de famílias, empresas e emprego. Não se trata ainda de completa recuperação, mas indicações de que a melhoria começou. O crédito, no Japão, cujo Banco Central mantém o indicador básico ao nível de 0,1%, não parece o instrumento para estimular a economia.

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