Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Visão dos Ingleses Sobre as Mudanças Chinesas

15 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Uma das técnicas mais utilizadas por todos é falar mal dos outros, quando se enfrentam problemas próprios graves. Os ingleses ainda usam também da ironia, fazendo humor com a sua própria desgraça, como o The Economist nos recentes artigos que falavam sobre a decadência do Reino Unido, que já teve muito mais importância mundial. O jornal Financial Times acaba destacando que a poluição chinesa é a prova de que muitos objetivos estabelecidos pelos diversos planos passados dos chineses são meras palavras, como as atuais que só tiveram o objetivo de concentrar o poder nas mãos do presidente Xi Jinping e do primeiro-ministro Li Keqiang, mostrando que sem isto as resistências para as reformas seriam incontornáveis. Ambos os veículos, que escrevem muito sobre a China, concordam que a mudança na organização da administração foi mais importante e efetiva que as medidas de reformas ainda a serem detalhadas. A nós parece que as mudanças no tratamento dos imóveis rurais também têm a sua importância marcante.

O Financial Times desfila depoimentos de muitos acadêmicos chineses que se mostram insatisfeitos expressando suas críticas, muitas delas realmente relevantes. O problema mais complexo costuma ser o que terá que ser feito e como, havendo múltiplas opiniões daqueles que não contam com o poder para executá-las. Para quem não tem a responsabilidade de implementá-las, criticar é fácil. O The Economist já tinha antecipado as equipes competentes que foram selecionadas, tanto na formulação dos planos como na cobertura política, agora se limitou a registrar a importância da mudança no poder de decisão.

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Third Plenary Session of the 18th CPC Central Committee in Beijing Photo: AP/XINHUA

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Uma Intrigante Pesquisa Feita pela Boston Consulting Group

16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

O The Economist publicou uma intrigante nota referindo-se a uma ampla pesquisa de mais de 50 páginas efetuada pela considerada BCG – Boston Consulting Group, que deve ser acessada diretamente pelos que se interessam por estes assuntos, com o titulo de “Digital shopkeepers”. Refere-se à contribuição da internet para a economia de diversos países, mostrando que ela continua crescendo, mesmo com a atual crise, e que existem diferenças substanciais, e o Brasil ocupa uma posição desconfortável.

Os dados se concentram em dois períodos básicos, 2010 e uma previsão para 2016. A Inglaterra aparece no topo, com mais de 8% do PIB devendo superar 12% em 2016. Coreia, China, Comunidade Europeia, Japão, Estados Unidos e até o G20 aparecem bem. Mas o Brasil não alcança nem a metade da participação do G20.

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O estudo completo apresenta uma série de dados interessantes que exigem uma análise mais cuidadosa. A primeira vista não corresponde a imagem que temos sobre a importância da internet no Brasil, principalmente nos seus efeitos econômicos, como os relacionados às vendas. Segundo a pesquisa, a mesma vem sendo utilizada no Brasil mais para relacionamentos sociais, sendo ainda inexpressivo do ponto de vista econômico.

Mas as demais informações contidas na pesquisa também não correspondem ao senso comum, mas tanto The Economist como o BCG – Boston Consulting Group são instituições que merecem credibilidade. Outros analistas mais especializados nestes assuntos podem ter a oportunidade para estudos mais profundos sobre estes dados.