Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas de Poluição na Ásia

18 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , , , ,

O professor Delfim Netto, nas suas aulas de Desenvolvimento Econômico na USP, ensinava que este processo era uma sucessão de superação de obstáculos, e para cada um que era superado apresentavam-se outros três, novos desafios. Lembro-me de uma das primeiras vezes que cheguei em Tóquio, ainda quando o seu principal aeroporto internacional era Haneda e tinha que se passar por Kawasaki, um município industrial para chegar ao centro.

A poluição era tamanha que os olhos ardiam e não se enxergava mais longe porque havia uma nuvem de poluentes. Algo semelhante a Beijing antes da Olimpíada. Hoje, o céu em Kawasaki está límpido, o rio com seu nome, que era pior que o atual Tietê, está cheio de peixes.

Já mencionamos neste site que Seul passou pelos mesmos problemas e hoje é um exemplo de cidade para os problemas de poluição, cujo rio que cruza esta capital da Coreia é como os dos melhores jardins orientais, com águas cristalinas. Certamente, a China ainda enfrenta problemas, mas está executando um programa energético ímpar no mundo, que deve alterar substancialmente a sua atual matriz energética, a mais poluente do mundo. Além da construção da usina hidroelétrica de Três Gargantas, maior do mundo superando Itaipu, estão em plena construção mais 15 usinas nucleares. A China apresentou em Copenhague um programa que não aceita um crescimento econômico inferior a 9% ao ano. E o próprio crescimento vai exigindo soluções dos problemas gerados.

Enganam-se os que se assemelham aos malthusianistas que pensam que o mundo está condenado, não acreditando no engenho humano e no seu instinto e capacidade de perpetuação da espécie. Certamente existe uma nova consciência dos riscos que estamos sujeitos com o aquecimento global, e esforços gigantescos estarão sendo feitos em todo o mundo, superando muitos e criando novos problemas que também devem ser enfrentados. É o desenvolvimento, mas há que se trabalhar muito para tanto…



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