Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Imprensa de Olho na Ásia

1 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Na mesma tendência da imprensa mundial, O Estado de S.Paulo traz duas matérias importantes sobre a Ásia. A primeira é De volta à Ásia, de Wilhelm Hofmeister, diretor do Centro de Estudos da Fundação Konrad Adenauer em Cingapura. O segundo é China sai na frente para produzir energia limpa, do jornalista Keith Bradcher, do New York Times.

Em qualquer jornal importante no mundo, a Ásia virou uma pauta importante. E, além das matérias dos jornalistas ou de agências noticiosas, procuram-se análises feitas por instituições, na tentativa de compreender melhor o que se passa naquela parte do universo.

Hofmeister destaca a importância atribuída pelo governo Barack Obama àquele continente, tanto pela voz do próprio presidente quanto pela secretária de Estado, Hillary Clinton. Além de repetir visitas a muitos países da região, procura-se reforçar as alianças ou evitar conflitos, reconhecendo sua relevância para os Estados Unidos, principalmente visando a recuperação da sua liderança que se encontra ameaçada.

Ainda que politicamente importante, a economia norte-americana já não exerce o papel que desempenhou no passado na superação da atual crise mundial. Tendo gasto mais que produziu nas últimas décadas, depende hoje dos mercados asiáticos e dos seus financiamentos. Isto enfraquece o seu papel político, mas não pode abandonar o campo que foi conquistado, numa velocidade muito rápida. Conviver com a nova situação dá muito trabalho, principalmente quando não conta com o suporte franco do seu Congresso.

De outro lado, ainda que a reunião de Copenhague não tenha apresentado avanços na fixação de metas para o desaquecimento global, as peças no tabuleiro estão sendo movimentadas, procurando um posicionamento estratégico.

A China, como os demais países asiáticos, além de contar com um grande mercado interno para equipamentos voltados à produção de energia limpa, espera poder fornecê-los para outros países. Correm para instalar indústrias para produzi-los, numa concorrência internacional que deverá ser acirrada. Portanto, a luta já saiu da produção de bens finais para o de equipamentos, onde as armas são mais poderosas, com tecnologias e capacidade de financiamento dos projetos que utilizam estes equipamentos pesados.

Não são, portanto, notícias somente, mas análises de maior profundidade.



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