Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Artigos do Nikkei Sobre a Coreia e a China

11 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Categoria?, Notícias | Tags: , ,

Todos sabem que o Nikkei, o maior jornal econômico japonês e do mundo, como a maioria dos que se especializaram nestes assuntos, possui uma tendência conservadora. Quando dois artigos expressam sua admiração pelo que é feito nos países vizinhos asiáticos, há que se tomar como um sinal de algo importante que está acontecendo no Japão.

Implicitamente, deve se interpretar que estão criticando alguns comportamentos japoneses, tanto do governo quanto do setor privado, que não se comportam como seus concorrentes diretos.

O primeiro, artigo do jornalista Shimao Ojima, relata basicamente o “Korea Inc.”, que venceu com um consórcio coreano do sul a concorrência de US$ 40 bilhões para a construção de quatro usinas nucleares nos Emirados Árabes Unidos. Venceram nada menos que o consórcio formado pela Hitachi e a General Eletric. O presidente Lee Myung-bak visitou aquele país e conseguiu que o consórcio do seu país ganhasse esta importante e significativa concorrência, dando o decisivo apoio governamental.

Neste artigo, destaca-se que a Coreia do Sul costumava copiar o que os japoneses faziam, mas agora caminham com seus próprios passos, citando outros exemplos da indústria eletrônica e de equipamentos pesados.

Num outro artigo-entrevista, a jornalista Yuri Momoi conversa com o empresário Koichi Nakabun, da Itochu, uma trading japonesa que tem uma participação de 28% no capital do grupo chinês Shanshan, que trabalha em diversos setores, inclusive de aparelhos elétricos, baterias de lítio e roupas de grife.

Ele informa que os chineses trabalham com grande rapidez e numa escala impensável para os japoneses. Operando com roupas esportivas já é a terceira na China, após a Nike e a Adidas, inaugurando 800 outlets por ano, nesta atividade. Em outra, com a marca Kappa de origem italiana, abriu cerca de 3.000 lojas em poucos anos.

Nakabun informa que a Shanshan prefere operar ela mesma as lojas, enquanto a Itochu prefere as franquias.

Nikkei parece sugerir que haja uma revisão nas estratégias empresariais japonesas diante destas realidades asiáticas.



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