Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ajustamentos Políticos em Todo o Mundo

25 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

Quem acompanha os principais órgãos de comunicação em todo o mundo, acaba com a impressão que há um clima geral de confusão em muitos países. Começa pela própria imprensa que passa por mudanças, com a redução da importância dos jornais cotidianos e impressos, maior superficialidade no trato das notícias com a invasão de meios eletrônicos rápidos de informação.

Mas os políticos também enfrentam dificuldades para se ajustar rapidamente às novas demandas da população. Mais informados, e rapidamente, sobre o que ocorre em todo o mundo, tendem a criar novas demandas. Como a necessidade de aparelhamento para atender as calamidades naturais que, se não estão aumentando, vão sendo divulgadas com mais velocidade.

Sou dos que acreditam que todos estes problemas não são novos, e sempre enfrentamos problemas em todo o mundo. Só que não tomávamos conhecimento dos mesmos na velocidade atual. O que ocorre nos confins da China chega “on time” ao conhecimento de uma grande parte do universo e seus dirigentes são obrigados a reagir diante destes fatos. Mas não estão aparelhados para tanto, ficando perplexos diante das dificuldades.

Há que se admitir, também, que muitos destes líderes passaram a ser mais superficialmente preparados, para atender de forma demagógica as demandas populares. Os recursos serão sempre escassos diante de todas as necessidades, e há necessidade de elaboração de planos de longo prazo, para atender as prioridades.

Lamentavelmente, as mais urgentes e entendidas como as mais graves acabam absorvendo as atenções, postergando as fundamentais, como a educação, a infraestrutura, a saúde, a previdência, a segurança coletiva etc. Deixaram de existir os estadistas que comandam as nações, deixando os espaços para os demagogos.

Quem acompanha o noticiário internacional acaba ficando confuso, pois pouco tempo e espaço são destinados às reflexões mais profundas, sobre as tendências da humanidade nestes tempos conturbados.

Todos parecem estar apagando os incêndios, poucos cuidando do abastecimento contínuo das águas para eventuais desastres futuros. Todos parecem estar gritando, poucos tentando obter o mínimo de consenso sobre o que a coletividade considera como as coisas prioritárias para a preservação da humanidade, com a melhoria do seu bem-estar, com maior igualdade de oportunidade para todos.



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