Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aprendendo a Atuar no Mundo Globalizado

5 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , ,

Todos os países estão procurando se adaptar ao novo mundo globalizado, posterior à crise que abalou a todos. Os anos exuberantes já são coisas do passado, e vamos procurando o papel que vamos desempenhar neste novo cenário.  Os Estados Unidos já não gozam do prestígio que os levavam ao papel de “polícia” do mundo, intervindo onde ocorresse um problema, utilizando o FMI e o Banco Mundial.

Com o que aconteceu na Grécia, a Comunidade Europeia teve que tomar medidas de envergadura para que a crise não se alastrasse pelos países mais endividados, cujos fundamentos econômicos ainda não permitem conviver numa comunidade cuja moeda tende a ser única.

Agora, na medida em que ocorrem problemas na América Latina, os países da região também procuram uma solução regional, ainda que isto não esteja consolidado.  No Sudeste Asiático, onde a ASEAN está aumentando os seus membros, os governos procuram um entendimento com o Japão, a China e a Coreia do Sul, para resolver eventuais problemas como os que afetam a Comunidade Europeia, estabelecendo um mecanismo de monitoramento preventivo.

O colunista e escritor Sebastian Mallaby, do The Washington Post, publica no O Estado de S.Paulo de hoje “A Identidade chinesa”, onde compara a China com o Japão de algumas décadas atrás, quando este país também conquistou a importância econômica internacional.

Na realidade, quando os entendimentos globais ao âmbito das Nações Unidas e organismos criados para cuidar de problemas mundiais específicos ainda não funcionam, todos saem à procura de formas para contribuir para que os problemas sejam superados, de forma pragmática.

Isto significa que eles continuam existindo e, se possível, precisam de uma solução regional. Por isso, espera-se uma sensibilidade maior dos governos envolvidos para entender as dificuldades que possuem características singulares, e nem sempre podem ser resolvidos pelos que não estão habituados com suas culturas.

Como eventuais problemas afetam mais diretamente os seus vizinhos mais próximos, é natural que haja uma solidariedade maior dos mesmos.  É uma realidade, quando já não existe um país hegemônico do ponto de vista político e econômico.

Todos os países estão aprendendo a conviver dentro desta nova realidade mundial.



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