Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aspirações da ASEAN

8 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: ,

Os países do sudeste asiático, que constituem o chamado ASEAN, têm como membros países tão diferentes como Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. Por estarem cercados por outros gigantes como a China, Índia e Japão, procuram superar as suas diversidades para atingir objetivos comuns.

No seu conjunto, apresentam uma população expressiva, pois a Indonésia, por exemplo, tem muitos habitantes. E o seu poder econômico não é desprezível, por causa de países como Cingapura e Brunei.

Constituem hoje um mercado comum e procuram conseguir a adesão de outros pequenos países do Sudeste Asiático. Como também fazer acordos de EPA – Economic Partnership Agreement e FTA – Free Trade Agreement com outros gigantes asiáticos, como a China e o Japão.

Numa reunião recente do ASEAN, resolveram solicitar a participação ativa no G-20, do qual faz parte o Brasil, e onde se procura discutir as políticas econômicas relevantes no mundo, que já não se resumem no G-7, dos países industrializados. Envolvem também os emergentes, que ganham peso na economia mundial.

Estes países asiáticos não podem ser pouco considerados, pois para conquistar o seu espaço alguns adotam políticas mais agressivas que a China. O Vietnã, por exemplo, já é o segundo produtor mundial de café e está atraindo empresas de todo o mundo, que se beneficiam dos trabalhadores que ganham salários mais baixos que os chineses.

Aqueles que se preocupam com os baixos custos dos produtos chineses devem se recordar que o mesmo aconteceu no passado com o Japão logo depois da Segunda Guerra Mundial, e depois em Taiwan e na Coreia, sendo que a última hoje conquista concorrências internacionais nos equipamentos pesados, como construção de usinas nucleares, tanto dos Estados Unidos como do Japão.

Se os países sul-americanos não despenderem esforços semelhantes com os dos asiáticos, correm o risco de não ganhar o adequado espaço na economia mundial, pois cada vez mais dependem dos esforços de sua mão de obra, neste mundo globalizado.



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