Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Economistas Brasileiros que Merecem Atenção

28 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Em que pesem sempre preconceitos de alguns setores sobre os profissionais que atuam em determinados governos, alguns merecem atenções tanto pelas contribuições que já deram como pelos seus potenciais futuros. O jornal Valor Econômico apresenta uma interessante entrevista feita pelo jornalista Paulo Totti, que foi publicada no suplemento Eu & Fim de Semana com o título “Um keynesiano pouco ortodoxo”. Ela foi concedida pelo economista Nelson Henrique Barbosa Filho, atual secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Nelson Barbosa é conhecido por ter ajudado a formular dois programas importantes para o atual governo: o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e Minha Casa, Minha Vida, e tem já uma carreira respeitável, tanto como acadêmico como economista do setor público.

Como ele é bem considerado pela candidata Dilma Roussett, não deve ser surpresa se vier a ocupar uma posição estratégica na próxima administração federal, que tem uma elevada possibilidade de tê-la como principal mandatária. Portanto, o conhecimento de sua forma de pensar é relevante para todos.

Na entrevista bastante simpática e quase social, ele se define: “sou keynesiano, mas não pertenço à Igreja da Ressurreição Keynesiana…” e observa que “No Brasil há também a Igreja da Microeconomia dos Últimos Dias. Ela acha que a Bolsa Família é ruim, estimularia o pobre a não trabalhar”.

Apesar de trabalhar no governo Lula da Silva, ele informa que não é filiado ao PT. É carioca e trabalha na equipe do ministro Guido Mantega, que é paulista e conta com auxiliares importantes provenientes de diversos estados brasileiros.

É dos que considera que os economistas precisam de uma boa formação matemática, mas também conhecer política e história. Como o repórter lembrou que isto é recomendado por Delfim Netto, o entrevistado lembrou que ele se formou antes dos anos 60, “pré-idade média da economia”, quando predominou a ideologia que o “mercado resolve tudo”. Admite que “o líder liberal, Milton Friedman sabia demais. Seus alunos é que aprenderam só uma coisa”.

Portanto, aqueles que se preocupam com os possíveis quadros que poderão ser utilizados na próxima administração, podem se informar que existem muitas alternativas que podem ser cogitadas.



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