Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Adaptações em Andamento na Economia Globalizada

20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Ainda que o mundo continue dividido em países e blocos, a economia globalizada vai provocando mudanças que não conseguem ser contidas pelas regras protecionistas, provocando até a migração de trabalhadores. Todos buscam se adaptar às novas regras, procurando produzir e trabalhar onde as condições se revelam mais adequadas, tanto para o aproveitamento do mercado local como visando exportações.

Um artigo extenso publicado no suplemento do The New York Times na Folha de S.Paulo relata num texto escrito pela jornalista Rachel Donadio que os chineses estão alterando o conceito de “Made in Italy”. Prato, na região toscana da Itália, era uma área onde se produzia bens de luxo, confecções de elevada qualidade. Hoje, imigrantes legais e ilegais de chineses contam com cerca de 3.000 empresas na região, fabricando bens mais baratos, tanto para o mercado interno como exportando.

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Mesmo aqui no Brasil, nos bairros que produziam confecções em São Paulo, hoje existe uma predominância de coreanos, utilizando até mão de obra ilegal de bolivianos. E as lojas para a sua venda se espalham por toda a cidade, atraindo compradores do Brasil todo e até do exterior.

Trabalhadores brasileiros, principalmente do Vale do Sino, no Rio Grande do Sul, da indústria de produção de calçados, foram recrutados para trabalhar na China, que está se tornando uma grande produtora internacional deste bem de consumo, tanto para consumo interno como para a exportação. Noticia-se que modelos falsificados de simples “havaianas” e de calçados plásticos de criação brasileira são produzidos em larga escala na China, com pirataria.

Algo semelhante sempre ocorreu com as confecções de grifes internacionais, não somente na China como na Coreia, na Tailândia, sem que os direitos devidos sejam pagos. Os preços dos falsificados chegam a ser irrisórios, como os dos relógios e óculos, podendo ser encontrados em qualquer parte do mundo, até nos “chinatowns” das maiores metrópoles mundiais, comercializados na rua pelos camelôs.

No Japão, noticia-se que com a atual crise, muitos trabalhadores complementam os seus ganhos trabalhando em outras atividades depois de um experiente que cumprem em seus empregos.

As lutas pela sobrevivência provocam estas adaptações e mesmo as consideradas ilegais acabam sendo difíceis de serem controladas, principalmente quando as diferenças entre os autênticos e os falsificados são pouco perceptíveis, e os preços apresentam grandes disparates.

Certamente, há uma tendência para que muitos produtos sejam quase descartáveis, com designs que podem ser copiados, infelizmente.



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