Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ensino Superior de Tecnologia nos Países Emergentes

26 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , ,

Dois interessantes artigos foram publicados na Folha de S.Paulo. O primeiro, da jornalista Natália Paiva, reporta os projetos da Kaist – Instituto Avançado de Tecnologia da Coreia, que pretende desempenhar na Ásia um papel equivalente ao MIT – norte-americano. E outro das jornalistas Cristina Grillo e Denise Menchen que mostram algo semelhante no Brasil, por iniciativa da Vale, uma empresa basicamente de mineração.

Estas iniciativas são bem-vindas, somando-se a que já existem em ambos os países, tanto por iniciativa governamental como empresarial. O ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica desenvolveu um papel pioneiro no Brasil, procurando proporcionar um ensino de qualidade, que agora se estende também em nível secundário, com a ajuda da Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica. Os grandes aglomerados coreanos, como a Samsung, mantêm centros de pesquisa e ensino de grande importância.

Kaist KAIST_logotipo ita logotipo_embraer

Todos sabem que universidades norte-americanas como a Stanford foram importantes na criação do chamado Vale do Silício, que acabou revolucionando a eletrônica de ponta, com efeitos nos mais variados setores, como das telecomunicações. Além do ensino e da pesquisa, estimularam jovens nas iniciativas empresariais que hoje estão entre as mais importantes do mundo.

Outros centros importantes de pesquisa, como a Embrapa, uma das mais relevantes no mundo para geração de tecnologia agropecuária, poderiam se transformar, também, em centros de ensino. Estimulariam jovens talentos para impulsionarem a criação de empresas de alta tecnologia.

Outras empresas, como a Petrobrás, estão estabelecendo mecanismos de relacionamento como centros de pesquisa e ensino, pois necessitam de mão de obra de elevada qualificação, além de complementos em suas pesquisas.

O que era privilégio do mundo desenvolvido, parece estar se espalhando pelos países emergentes, onde a demanda de mão de obra qualificada é grande, e apresentam alguns problemas tecnológicos que se diferenciam daqueles que merecem maiores atenções nas instituições tradicionais.

Há houve período em que iniciativas desta natureza eram mais importantes, e parte suportada por empresas estatais de grande dimensão, mas é preciso criar condições para que as grandes privadas também se sintam estimulada a entrarem nesta competição.

Ampliam também as alternativas disponíveis para os jovens de talento que desejam se empenhar em iniciativas inovadoras, sem que sejam obrigados a se transferirem para os centros desenvolvidos, onde uma parte grande deles acaba permanecendo, provocando uma migração indesejável de importantes recursos humanos.



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