Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Impulso Oriental na Indústria Automobilística Brasileira

8 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

Há um reconhecimento da indústria automobilística como de outros setores industriais que a ampliação do mercado consumidor deve continuar mais acentuado nas economias emergentes. A China, a Índia e o Brasil continuam atraindo os interesses de muitas empresas, ainda que os projetos sejam implementados com cautela, concentrados no primeiro momento na Ásia, onde as condições de produções baratas e as dimensões do mercado são mais atraentes.

Mas, no Brasil, começam a ser executados os novos projetos ou ampliações das unidades de produção, aproveitando as condições vigentes, ou utilizando as facilidades logísticas existentes, tanto para a importação no uso dos fornecimentos locais como para eventuais exportações. São os casos da japonesa Toyota, que inicia a construção de sua fábrica em Sorocaba, da coreana Hyundai em Piracicaba e da chinesa Chery em Jacareí, esta última com carros mais econômicos, todas no Estado de São Paulo.

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No caso brasileiro, já existe uma parte da produção possível com a utilização de autopeças fabricadas localmente, pois existem muitas empresas que vão além da simples montagem. Os japoneses e os coreanos não conseguem produzir automóveis de baixo custo como os chineses e hindus, mas visam um mercado da classe média que continua se ampliando.

Os chineses, visando os consumidores que estão ingressando no mercado de automóveis, com a melhoria da distribuição de renda e ascensão de novas famílias, tanto da periferia como das regiões mais modestas. Em todos os casos, a logística acaba sendo importante, pois muitos componentes continuarão a ser importados, além dos equipamentos para a sua produção. Deve se reconhecer também que o mercado mais expressivo continua localizado nos grandes centros desenvolvidos, ainda que o meio rural venha melhorando substancialmente.

A economia de aglomeração continua sendo importante, e o Estado de São Paulo conta com apoios de outros segmentos como vidros, estofamentos e autopeças, formação de operários especializados, apoio de pesquisas, mesmo que não ofereça incentivos fiscais ou facilidades de concessão de terrenos como em outros Estados. Muitos instrumentos fiscais terão dificuldades para continuar a serem mantidos num prazo mais longo.

Se as condições da política econômica se ajustar ao que existem nos outros países, como juros, impostos e câmbio, a competitividade destas empresas pode promover uma exportação mais agressiva, como já ocorreu no passado, ampliando os empregos locais. Pois a mão de obra existente, como as condições de matérias-primas básicas são adequadas.



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