Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Crescente Importância dos Emergentes no G20

22 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

O site da Folha divulga uma notícia da agência Efe, proveniente de Washington, afirmando ter uma alta funcionária do Tesouro norte-americano, que solicitou manter-se incógnita, apelado para a Índia e o Brasil não darem as costas para o G20 no momento em que o grupo precisa se unir. Visaria conseguir avanços num acordo cambial geral bem como equilíbrio comercial mundial. Os países emergentes, incluindo a China, ganham importância cada vez maior no cenário internacional e reivindicam mais participação nas decisões que afetam todos os países.

Mas o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, não está programado para participar da reunião do grupo que ocorrerá, inicialmente, em nível ministerial ainda no próximo fim de semana. O de nível presidencial, onde o presidente Lula da Silva ainda não confirmou presença, deve ocorrer em novembro próximo em Seul, na Coreia do Sul.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil Guido_mantega

Presidente Lula e o ministro da Fazenda Guido Mantega

A expressão utilizada por Guido Mantega, denominando o atual conjunto de medidas tomadas por muitos países como “Guerra Cambial” repercutiu por todo o mundo, mostrando que o Brasil já merece uma atenção importante no cenário internacional, do ponto de vista econômico. A maioria dos países do globo ainda se ressente da última crise econômica, não se encontrando totalmente recuperada. O Brasil, graças ao apelo carismático do presidente Lula da Silva, conseguiu que sua população continuasse a manter o seu consumo, fazendo com que a crise por aqui fosse mais suave, e a recuperação mais rápida e vigorosa.

Certamente, a China e a Índia também tiveram performances elogiáveis, mas a primeira à custa de um câmbio extremamente desvalorizado que causa problemas para o resto do mundo. Os Estados Unidos, cuja moeda continua sendo uns dos principais parâmetros do mundo, vêm provocando uma assustadora expansão monetária, visando a forte desvalorização da sua moeda para estimular a sua economia.

Muitos outros países tomam medidas sem que resultados expressivos sejam alcançados. Todos entendem que um acordo amplo e internacional acaba sendo indispensável, mas não existe hoje um poder para impor tal solução. As esperanças são canalizadas para o G20, que inclui os emergentes, pois os países industrializados que no passado podiam tomar tais decisões, hoje estão enfraquecidos.

É claro que a participação dos emergentes acaba gerando obrigações e, no fundo, todos desejam que a China, como a principal entre eles, seja obrigada a participar com sua parte no sacrifício geral.



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