Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Ainda o Outono do Hemisfério Norte

6 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias, Tecnologia | Tags: , , ,

O outono no hemisfério norte, com seus coloridos indescritíveis, emocionam os orientais que acham que coadunam melhor com o seu espírito, mas também impressionam outros treinados profissionais de todo o mundo. Num artigo de Christopher Johnson, publicado no The Japan Times, algumas recomendações são dadas para os fotógrafos melhor aproveitar tudo que a natureza oferece nesta época do ano. Não se trata somente das belezas coloridas das montanhas, que tocam os japoneses, mas de detalhes das árvores, das folhas, dos instantes que ficam gravados, mas também da paciência para conseguir a melhor iluminação natural, os detalhes de uma folha caindo, coisas que para uma só foto exigem o empenho de toda uma tarde.

O Japão e os parques de Tóquio oferecem os materiais indispensáveis para todos, desde os amadores que utilizam as atuais máquinas digitais que comportam milhares de fotos nos seus chips até os treinados profissionais como David Guttenfelder, fotógrafo chefe da Ásia da AP – Associated Press, nos intervalos de suas missões.

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Algumas fotos de Christopher Johnson do outono japonês

O autor acha que metade da população japonesa vai à caça de boas fotos neste outono, o chamado koyo (coloridos do outono) nos mais variados parques, montanhas, usando equipamentos sofisticados como os DSLR (digital single-lens reflex). Mesmo tendo um bonsai (planta miniaturizada) de momiji (maple japonês) em casa, procuram no exterior o céu adequado para a foto que desejam. O céu matutino de Tóquio é igual ao que se encontra no Nepal ou no Tibet, segundo o autor, mas como não pode ser controlado, necessita de um trabalho paciente, que pode tomar muito tempo em um parque da cidade.

Não se trata somente das folhas, que são maravilhosas, mas dos desenhos dos galhos, dos troncos, que muitos profissionais captam em branco e preto, pela beleza de suas texturas. E eles podem ser captados de ângulos diferentes, com poucos passos. As variedades de árvores oferecem fotos diferentes, até o sakura (cerejeira) mais apreciado pelas suas flores.

Segundo o autor, os tempos utilizados possuem a capacidade de captar tons diferentes das cores, com equipamentos como Canon ou Nikon DSLR, ficando diferentes dos capturados pelos olhos humanos. A luz mais baixa, em torno das quatro da tarde em Tóquio, oferece condições mais favoráveis.

Os profissionais e bons amadores utilizam ISO mais baixos, 50, 100 ou 200, e tiram suas fotos com menores velocidades, de 1/20 ou 1/30 segundos. Com câmeras Canon 5D Mark II ou Nikon DS3, pode-se obter fotos noturnas, com coloridos impossíveis de serem captados pelos olhos humanos.

O autor, depois de horas fotografando 300 fotos de árvores, acaba selecionando os melhores 30 para postar pelo Flickr ou Facebook.



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