Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Notícias Asiáticas Contrastantes

21 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Duas notícias publicadas no Valor Econômico, contrastantes, mostram como o Brasil é alvo de atenções diferenciadas dos investidores estrangeiros. Uma, de autoria da Virginia Silveira, informa sobre a decisão da indústria mecânica pesada de construção chinesa, Sany Group, que deve faturar em 2010 cerca de US$ 8 bilhões, de enviar um dos seus sócios fundadores, Vitor Yuan, para dirigir seu principal projeto no exterior em São José dos Campos.

Em outro, Mariko Sanchanta, do Wall Street Journal de Tóquio, fala sobre a cadeia japonesa Uniqlo de confecções, da empresa Fast Retailing Co., que está aumentando suas lojas no exterior, inclusive cogitando o Brasil nos próximos cinco anos. Até agosto próximo pretende ter 844 lojas no Japão e 76 na China, para vender confecções baratas que sejam utilizadas somente por uma estação.

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Evidentemente, ambos os investimentos são bem-vindos, mas a Uniqlo é simplesmente a venda de produtos produzidos atualmente na Ásia, principalmente a China, de boa qualidade, com design adequado, bem aceito no mercado varejista, que começam a ser conhecidos nos principais mercados mundiais. Seria interessante que algumas destas confecções sejam produzidas no Brasil para colocação no mercado internacional, de forma a tirar o melhor proveito da globalização e suas vantagens fiscais e cambiais.

A Sany é uma indústria pesada que deve ter aproveitado muito bem a expansão da construção civil na China, que chegou a representar metade da mundial, e com a sua disposição deseja aproveitar não somente o mercado local, como a de outros países emergentes. O crescimento de suas produções foi de 50% ao ano na última década. Não se pode generalizar que ambas são representativas das intenções de investimentos no Brasil, mas constitui um contraste marcante.

Os seus equipamentos são voltados para a construção de estradas e suas pavimentações, cujos programas chineses vêm impressionando o mundo, ao lado a construção de edifícios e habitações. Evidentemente, tudo precisa ser acompanhado com atenção, mas a disposição inicial chama a atenção.

Seria muito interessante que o Brasil também conte com suas organizações com as mesmas disposições com relação aos demais mercados emergentes. O pedido de proteção do mercado interno não deve ser levado a sério, mas o tratamento isonômico sim, desde que se conte com as mesmas disposições.



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