Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Crescimento Previsto para a Índia e para a China

28 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , ,

Ainda que todo o impacto da crise nos países árabes não tenha sido avaliado, muitos já preveem que os preços do petróleo vão continuar elevados, afetando o crescimento de todas as economias. No entanto, o primeiro-ministro chinês Wen Jinbao concedeu uma entrevista que foi destacada pelo China Daily, informando que o crescimento previsto para o próximo plano quinquenal (2011-2015) é de 7% ao ano, diante da necessidade de manter um crescimento sustentável, com maior respeito ao meio ambiente e os problemas relacionados com a inflação, principalmente dos custos dos alimentos.

De forma similar, o ministro de finanças da Índia Pranab Mukherjee referiu-se ao orçamento de 2011 no Parlamento daquele país e forneceu as informações que o crescimento hindu será de 9% no próximo ano fiscal (estimado em 8,6% no atual), com grande preocupação com a inflação dos alimentos que está declinando de 20,2% no último ano para 9,3% em janeiro deste ano. A agricultura receberá crescimento de empréstimos de 4%. Tudo isto foi noticiado, com detalhes pelo The Times of Índia.

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Premiê chinês Wen Jiabao e o ministro das finanças da Índia Pranab Wukherjee

O objetivo chinês é abaixo do 7,5% previsto para 2006 a 2010, que foi superado pelo cerca de 10% atingido. No último ano, foi de 10,3%, estimando-se que em 2012 seja ligeiramente abaixo de 9%.

Wen Jiaboa anunciou um esforço para conter o aumento dos preços dos alimentos e outras commodities, que foi provocado pelos crescimentos asiáticos e as irregularidades climáticas, anunciando que medidas serão tomadas para estimular a agricultura a evitar os problemas de seca.

Muitos analistas chineses citados pelo China Daily entendem que os preços do petróleo cru poderão continuar altos. O vice-governador Yi Gang, do banco central chinês e chefe da administração estatal do Câmbio, informou que o elevado superávit comercial é fonte de inflação na China. Li Wenpu, diretor do Centro de Pesquisas Macroeconômicas da Universidade de Xiamen, expressou que há necessidade da alteração da estrutura comercial para reduzir a inflação importada.

Há, portanto, indícios que a Índia e a China preocupam-se com os crescimentos, mas com olhos na inflação e nos problemas comerciais, além de todos os outros de caráter social.



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