Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Acordos Assinados Entre o Brasil e os Estados Unidos

21 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: ,

Relevantes acordos foram assinados entre os dois países mais importantes das Américas na visita do presidente Barack Obama ao Brasil, durante um período conturbado com os problemas relacionados com a Líbia e os decorrentes do desastre natural no Japão e suas consequências. Como já referido neste site, o presidente dos Estados Unidos procurou manter o máximo de sua programação, sendo que os entendimentos feitos pelas duas chancelarias foram reforçados pelas suas recomendações como da presidente Dilma Rousseff. Ele procurou criar uma empatia com as autoridades e o povo brasileiro, apesar das restrições da segurança, visitando pontos que lhe proporcionassem a imagem popular.

Como esperado, os intercâmbios entre os dois países devem contar com mecanismos adicionais que facilitem a redução de atritos comerciais e estimular o desenvolvimento de recursos humanos indispensáveis ao desenvolvimento. Criou-se a Comissão Brasil-Estados Unidos para relações econômicas e comerciais, além de entendimentos visando resolver eventuais dificuldades de comércio. Algumas parcerias foram estabelecidas como no transporte aéreo e eventos relacionados com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, por eles terem experiência na área da segurança, segundo site de O Globo.

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Obama e a primeira-dama durante visita à Cidade de Deus (Foto: Governo do Rio de Janeiro).

O presidente discursa no Theatro Municipal (Foto Agência France Press)

Os norte-americanos estão interessados no suprimento de combustíveis, tanto diante dos problemas por que passam os países árabes como as novas dificuldades para ampliar a sua rede de usinas atômicas, cujos custos ficarão mais elevados. Procuram estabelecer mecanismos de pesquisas de igual para igual, podendo contar com o fornecimento do pré-sal, proporcionando recursos com garantia das suas produções ao longo do tempo, que poderão ser descontados, como no caso dos minérios de Carajás, com os japoneses.

Na área do preparo de recursos humanos, foram estabelecidos importantes mecanismos de intercâmbios de professores, pesquisadores e estudantes, envolvendo um elevado número de brasileiros e norte-americanos, como não se viu no passado. Ele prometeu estabelecer condições semelhantes aos com a Índia e a China, que possuem intensos intercâmbios com os Estados Unidos.

Informa-se que os acordos são:

1) De comércio e cooperação econômica, como já comentada;

2) De transporte aéreo, que aumenta a frequência dos vôos reciprocamente, inclusive com biocombustível;

3) Sobre cooperação nos usos pacíficos do espaço exterior;

4) Memorando de entendimentos para cooperação nos eventos esportivos mundiais, como a Copa do Mundo e Olimpíadas;

5) Igualmente para atividades de cooperação técnica em terceiros países na área do trabalho adequado;

6) Igualmente para Diálogos Estratégicos, da Capes com a Fundação Fulbright, envolvendo 50.000 bolsas:

7) Memorando sobre as biodiversidades;

8) Parceria para desenvolvimento de biocombustíveis para aviões;

9) Ampliação da cooperação técnica em terceiros países;

10) Acordo para atividades remuneradas de dependentes do pessoal diplomático.

São, portanto, entendimentos bilaterais que se focam nos desenvolvimentos tecnológicos, como tinham sido antecipados por este site, objetivando resultados de longo prazo, criando condições para uma parceria de igual para igual, sem exagerado otimismo, mas um realismo como o que vem sendo a marca da presidente Dilma Rousseff e seu governo.



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