Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Concorrência e Intercâmbio no Mundo Globalizado

10 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , | 2 Comentários »

Em que pesem a existência de fortes concorrências entre grandes empresas no mundo globalizado, há que se admitir que muitas já vinham promovendo um intercâmbio acentuado entre aparentes concorrentes. Com os problemas japoneses decorrentes dos tremores e do tsunami em 11 de março último, tudo indica que estas tendências se reforçaram muito entre grupos de diversos países.

Artigos publicados no Nikkei mostram que componentes que eram fornecidos pelos japoneses, de alta qualidade, passaram a ser feitas por muitas empresas coreanas, que possuem competência para tanto. De outro lado, promove-se maior intercâmbio entre outras empresas, para que não fiquem dependentes de eventuais dificuldades em alguma localidade.

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Informa-se que a Hyundai aumentou suas vendas nos Estados Unidos e na China em 30%, substituindo parte dos fornecimentos dos seus concorrentes japoneses. Mas a Samsung Eletronics, LG e outras empresas coreanas estão tentando substituir componentes importados do Japão, pois dependiam do seu fornecimento. Mas encontram dificuldades de fazê-los no curto prazo, por razões tecnológicas e de custo.

As dificuldades japonesas mostraram que os dois países possuem relacionamentos profundos com as coreanas, com mútuas dependências. Estes fenômenos estão se repetindo entre empresas de muitos países, inclusive com europeus e norte-americanos, tendendo a crescer.

Sabe-se que Toshiba mantinha um grande intercâmbio com a Westinghouse, cujo controle acabou assumindo. Agora, com a necessidade de desenvolvimento da energia geotermal, eles estão estabelecendo com Babcock & Wilcox Power Generation Group um forte intercâmbio para operações conjuntas, segundo informações do jornal Nikkei.


2 Comentários para “Concorrência e Intercâmbio no Mundo Globalizado”

  1. Jose Comessu
    1  escreveu às 15:52 em 10 de maio de 2011:

    Ola Pauli.
    Falando em globalização, tem esse artigo do The Economist que trata das “educity’s” que a Malásia pretende construir.
    São cidades com campus de universidades de língua inglesa.
    Eles pretender ser um polo educacional da Ásia para a emergente classe média.
    E a Malásia nem faz parte do G20.

    Se alguem fizesse isso no Brasil seria considerado um criminoso por atentar contra a língua nacional, tal a mentalidade tacanha e arcaica que ainda impera na politica educacional brasileira.

    http://econ.st/it17Sx

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 18:15 em 10 de maio de 2011:

    Caro Jose Comessu,

    Como em todo o mundo está havendo uma globalização mesmo na educação. Aqui em São Paulo existem diversos cursos que são dados em inglês, desde o primário até os pós-graduados, para mestrados e doutorados.
    No Japão também existe a escola americana como diversos cursos pos graduados em inglês. Muitos dos brasileiros que efetuam doutoramento no Japão preferem fazer os exames em inglês, o que dificulta os professores a abusarem dos alunos nos exames.

    Paulo Yokota


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