Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mitsubishi Motors Prioriza Mercados Emergentes

11 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , , , | 6 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei informa que a Mitsubishi Motors está enviando seus engenheiros com conhecimentos de produção e controle de qualidade para suas unidades nos países emergentes, para melhorar o padrão dos seus produtos no exterior. Ela criou um banco de recursos humanos, principalmente engenheiros, em 14 áreas diferentes e os estão enviando para unidades na Tailândia, China e Brasil para funcionarem como instrutores do pessoal local, visando a melhoria de qualidade.

Alem da assistência para suas próprias unidades, a montadora está trabalhando com seus fornecedores locais de componentes e peças. Ela objetiva aumentar sua produção no exterior do atual 44% para 54% do seu total até março de 2014, com a eficiência produtiva igual no exterior como no Japão, bem como na qualidade dos seus produtos.

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Informa-se que está preparando o aumento de sua produção no Brasil, mas ainda esta quantidade é modesta quando comparada com as unidades consideradas ideais para um custo médio adequado e eficiência na produção. Mas seus produtos, principalmente os de quatro rodas, inclusive “off roads”, contam com boa imagem e podem ganhar novos mercados, principalmente se exportados para terceiros países.

Esta tendência de ampliação das produções no exterior é observada em muitas empresas japonesas, pois os custos de produção no Japão, principalmente da mão-de-obra, não é mais competitivo, ainda que os desenvolvimentos tecnológicos venham se realizando naquele país.

Os países emergentes apresentam mercados com melhores perspectivas, com um crescimento em ritmo mais elevado. Mas para abranger uma faixa mais ampla de consumidores, há que se produzir também veículos de preços mais acessíveis, mesmo com menores potências e sofisticações.


6 Comentários para “Mitsubishi Motors Prioriza Mercados Emergentes”

  1. Diego
    1  escreveu às 20:30 em 11 de maio de 2011:

    Sr. Yokota:

    A melhor coisa que ocorreu com a Mitsubishi Motors foi ter se livrado da DaimlerChrysler (hoje, Daimler após a cisão). A Ford Motor mantém, ainda, 3,5% das ações da Mazda Motor, mas espero que o grupo norte-americano saia do capital social da japonesa.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 21:48 em 11 de maio de 2011:

    Caro Diego,

    Respeito a sua opinião, mas acho que o intercâmbio entre empresas de diversas origens ajudam a somar experiências diversas, e os grupos japoneses estão se esforçando para aumentar estes relacionamentos.

    Paulo Yokota

  3. Pequenas Cousas
    3  escreveu às 08:57 em 12 de maio de 2011:

    Só lembrando que a VW comprou 20% da Suzuki do Japão.
    Tudo de olho no mercado da India e Asia onde a Suzuki domina e a VW não.
    Os japoneses ganham acesso as fornecedoras da gigante VW.
    Juntar montadoras iguais nao tem muito sentido, so juntam aquelas que tem interesses complementares.
    Como uma mulher bonita que quer um marido rico.
    E o marido rico quer trocar de mulher.rsss

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 14:59 em 12 de maio de 2011:

    Responsáveis pelas Pequenas Cousas,

    Muito obrigado pelo comentários e esclarecimentos.

    Paulo Yokota

  5. Everaldo S. Diniz
    5  escreveu às 19:03 em 12 de maio de 2011:

    Com certeza, a aliança entre a Renault e a Nissan teve retorno. Contudo, a da Mitsubishi com o antigo grupo germano-americano DaimlerChrysler foi um desastre.

    A Ford ganhou muito mais do que a Mazda. Alguns modelos da montadora ianque utilizaram plataformas da empresa nipônica. Desejo que a Toyota compre ações da Mazda Motor Corp. e estabeleça com esta uma aliança tecnológica, tal como sucede com a FHI (Subaru), Yamaha e Isuzu.

    Espero, francamente, que a Suzuki não se torne subsidiária da VW.

  6. Paulo Yokota
    6  escreveu às 22:10 em 12 de maio de 2011:

    Caro Everaldo,

    Obrigado pelos comentários. Estes arranjos são complexos e dependem de uma infinidade de fatores.

    Paulo Yokota


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