Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças no Varejo na Ásia

13 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Processa-se uma intensa modificação nos varejos de diversos países asiáticos, com destaque na China e no Japão, provocada por diferentes motivos. Na China, o rápido desenvolvimento e o aparecimento de novos milionários estão aumentando a demanda de produtos e serviços de alto luxo, mesmo os difíceis de serem encontrados nos países desenvolvidos. O Financial Times noticia a instalação de um dos mais sofisticados estabelecimentos do mundo, uma House of Walker, em Xangai, da Diageo, que não encontra paralelo em outros países. A conhecida distribuidora de whisky Johnnie Walker conta com uma loja que é parte um museu, acreditando que o mercado chinês, nos próximos cinco anos, será o mais importante do mundo. Este mercado cresceu 24% no ano 2010, e o Diageo teve que transportar por via aérea para o Ano Novo o ultraexclusivo whisky de 1910 que custa US$ 3.000 a garrafa.

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De outro lado, as informações provenientes do Japão dão conta de dois importantes movimentos no varejo. O jornal econômico Nikkei informa que as lojas que vendem produtos de luxo encontram-se com as vendas em queda depois do terremoto de 11 de março último, com as vendas se concentrando em produtos de consumo cotidiano e de baixo valor. O desejo de compra dos consumidores está em baixa, como mostra o gráfico abaixo.

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Outro movimento detectável é a ampliação das redes de lojas de consumo popular do Japão em outros países. O Nikkei noticia que a Mos Food Services, que tinha 243 lojas no exterior, como em Taiwan, Cingapura e Hong Kong, trabalhando com hambúrguer está ampliando suas redes na Austrália e na China.

O mesmo jornal Nikkei informa que a rede de lojas FamilyMart, que já conta com 598 estabelecimentos na China, em três cidades como Xangai, Gangzhou e Suzhou, pretende instalar 8.000 unidades até 2020 naquele país. Estará presente em cidades como Chegdu e Hangzhou em 2012, Tianjin em 2013, Shenzhen e Wuhan em 2014. Neste programa de expansão, está associado com o Ting Chuan Holding, um grupo chinês, bem como outras empresas japonesas, como a Itochu, Asahi Breweries e Uny Co.

Com tudo isto é possível identificar que, com a tendência de baixo crescimento da economia japonesa, suas empresas estão procurando mercados onde ocorrem expansões mais expressivas, notadamente na Ásia.



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