Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Japão e China Procuram Minorar os Problemas Recíprocos

4 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ,

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, segundo notícias publicadas no jornal econômico Nikkei, encontrou-se nesta segunda-feira com o ministro Yang Jiechi, em Beijing, para tratar da melhoria da comunicação entre os dois países, a fim de evitar problemas de posição com relação à segurança regional no Extremo Oriente. Este site vem chamando a atenção para a necessidade imperiosa do Japão se entender com a China, evitando o agravamento de problemas entre estas duas potências no Extremo Oriente, até por falta de alternativas.

Além dos problemas que vem ocorrendo com acidentes com navios japoneses, disputas de ilhas por ambos os países, existem outras dificuldades maiores, como as relacionadas com a Coreia do Norte e Taiwan. Na medida em que se estabelecem mecanismos mais ágeis de comunicação entre os dois países, o agravamento das tensões pode ser evitado, resolvendo-os no seu nascedouro.

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Ministro japonês Takeaki Matsumoto durante encontro com o ministro chinês Yang Jiechi

Lamentavelmente, o poder dos Estados Unidos, tradicional aliado do Japão, já não é suficiente para cuidar de todos os problemas que ocorrem na Ásia, onde os interesses norte-americanos tendem a se tornar cada vez menores. O Japão, apesar de derrotado na Segunda Guerra Mundial e não pretender ter um poder militar, mas somente do que chamam de Sistema de Defesa Interna, precisa cuidar dos seus problemas de preservação da soberania nacional cada vez mais ameaçada.

Somente com entendimentos diplomáticos diferenciados, com todas as partes que estão aumentando os seus poderes, o Japão poderá se manter, estabelecendo alianças regionais fortes. Os interesses econômicos e comerciais já são substanciais, tanto com a China, a Coreia do Sul e o Japão, ao lado do que possuem com outros países importantes do Pacífico, como os Estados Unidos e a Austrália.

Não está se propondo a militarização do Japão, mas consolidar todos os seus relacionamentos diplomáticos parece ser importante, pois já existe uma realidade asiática que não pode ser ignorada. Algumas negociações cogitam até da formação de um mercado comum no Extremo Oriente, que deve demorar em ser efetivado.

Não se pode ignorar que o Japão, historicamente, absorveu muito dos conhecimentos culturais provenientes da China, havendo aspectos que são comuns. Sabe-se da resistência de muitos japoneses e chineses para o aprofundamento das alianças, em decorrência dos problemas gerados pelas guerras passadas. Mas existe uma nova realidade, e é preciso ser pragmático, pois contar somente com os Estados Unidos pode ser um grande erro, por eles não disporem mais de poder para defender o Japão, ainda que seja o mais importante seu aliado na Ásia.



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