Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Novo Complexo Petroquímico na Arábia Saudita

26 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , , ,

O jornal Financial Times anunciou hoje que a Dow Chemical, junto com a Aramco da Arábia Saudita, anunciou os planos para instalar até 2016 um dos maiores complexos petroquímicos com o nome de Sadara Chemical perto da cidade de Jubail, com o custo estimado em US$ 20 bilhões. O projeto visaria atender as demandas asiáticas, do Oriente Médio e dos emergentes europeus, utilizando as matérias-primas de baixo custo da Arábia Saudita, ainda um dos maiores produtores de petróleo do mundo.

O complexo deverá produzir cerca de 3 milhões de toneladas anuais de produtos petroquímicos por ano, sendo que 45% deles estarão voltados para a área da Ásia e Pacífico. Com isto, os árabes pretendem criar no próprio país um complexo que adicione valor ao seu petróleo para atender as demandas que estão aumentando entre as populações locais. Entre os seus produtos devem estar materiais químicos de alto valor e plásticos para embalagens, indústria automobilística e outras indústrias.

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Mesmo tratando-se de dois grandes grupos, eles procurarão contrair 65% do custo do projeto no mercado financeiro, ficando o restante de US$ 7 bilhões com recursos próprios. Evidentemente, as tecnologias mais avançadas serão utilizadas, mas não existe nenhuma indicação que serão amigas do meio ambiente, como as produções que utilizam matérias-primas menos poluentes, que resultam em produtos biodegradáveis.

Este projeto não é a primeira da Dow Chemical no Oriente Médio, pois existem outros nove projetos em joint-ventures na região, mas somente a com o Kuwait está fora da crise financeira. A Arábia Saudita pretende a diversificação de sua economia para não depender somente da exportação de petróleo, e criar alguns empregos. Mas sabe-se que os complexos desta natureza são intensivas em capital e tecnologia, criando um número limitado de empregos altamente especializados.

Este site já noticiou sobre um projeto, também de grande dimensão, da Dow Chemical no Brasil, em parceria com a Mitsui para a produção de plásticos biodegradáveis, utilizando como matéria-prima o etanol. Isto mostra que eles estão tirando partido de sua capacidade tecnológica, utilizando os recursos disponíveis de diversos grupos, para ampliar a sua capacidade mundial, em diferentes produtos químicos.



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