Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Reciclagem de Materiais e Uso de Não Poluentes

14 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Quando vivi em meados dos anos oitenta do século passado no Japão, uma das primeiras instruções que recebemos da proprietária do imóvel que aluguei foi sobre o lixo. Havia que se separar pelos diversos tipos de materiais recicláveis como os papéis, vidros, latas e os orgânicos, que eram poucos quando comparados com os do Brasil. Hoje, está se generalizando também em países como o Brasil as separações destes lixos de forma a contribuir com o meio ambiente, utilizado de materiais que demandam recursos naturais, como as árvores das florestas.

A resistência para que estas medidas sejam mais amplas sofrem restrições culturais. Um exemplo expressivo é o exagero do uso dos chamados “waribashi” (hashi – palitos para usados para comer, descartáveis) de madeiras, que diariamente consomem o equivalente a florestas no Japão, quando deveria se disseminar o uso de hashis de plásticos e outros materiais reutilizáveis, como fazem os chineses.

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Atualmente está se tentando reduzir os usos de sacolas plásticas que são de difícil absorção pela natureza. Novos materiais de diversas origens, como os plásticos biodegradáveis, começam a ser utilizados, algumas vezes de forma obrigatória, pois os lixos são problemas universais.

O Brasil está intensificando a produção destes plásticos que utilizam variadas matérias-primas, como os derivados da cana, da mandioca e outros enzimas. Também as antigas sacolas de uso permanente, como os de algodão ou mesmo de plásticos, estão se intensificando. Uma loja de material esportivo está fornecendo os produtos vendidos em sacolas ecológicas, aproveitando para fazer publicidade deste esforço ambiental.

Não se trata somente do lixo, mas também dos que economizam energia e materiais úteis para a preservação do meio ambiente. Mesmo que existam algumas resistências, as autoridades deveriam obrigar alguns hábitos saudáveis, que acabarão sendo incorporados na cultura das diversas populações.

Ainda que existam resistências como dos fumantes, dado os problemas de saúde pública e os comprovados malefícios para a saúde dos seres humanos, parece conveniente que as restrições para o seu uso devam ser mais drásticas, como as que começam a ser implantadas em algumas grandes metrópoles. Não se trata da liberdade individual, pois os custos de tratamento de muitas doenças acabam ficando como encargos para toda a população. Para os viciados, como das drogas, deveriam ser oferecidos tratamentos.



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