Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Interesses Japoneses na Ásia

17 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Muitos no Brasil se surpreendem com o recente interesse dos japoneses pelo país, que é sempre interessante para ambos os países, mas não se dão conta que eles estão procurando intensamente os seus vizinhos asiáticos, como é natural. Diante das dificuldades que encontram no mercado interno, suas expansões ocorrem no exterior, começando pelas regiões mais próximas. Para dar uma noção destas movimentações, tomamos como exemplo as principais notícias divulgadas somente hoje no jornal econômico Nikkei, que mostram o volume destas iniciativas.

No setor relacionado com a China, informam que a trading japonesa Sojitz e a Ube Material Industries investem na Sunland chinesa para aumentar em 150% a produção de calcários, vitais para as indústrias de produtos siderúrgicos e papel. A japonesa Lixil que trabalha com produtos para banheiros, cozinhas e outros para residências está providenciando para dobrar suas vendas na China.

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A produtora de motocicleta Yamaha efetua investimentos no Vietnã e na Índia para aumentar sua produção nos países emergentes. A empresa japonesa de engenharia de plantas industriais Chiyoda participa do capital da taiwanesa CTCI. A trading japonesa Marubeni participa do capital da produtora de energia a partir do carvão da Indonésia, Paiton II.

Os japoneses reclamam da elevação do salário mínimo na Tailândia, que afeta muitos investimentos efetuados naquele país que visavam à utilização de mão-de-obra barata. Os setores atingidos vão desde a indústria de produtos alimentícios como de autopeças.

A Toshiba está programando novos desenhos para aparelhos de televisão visando mercados da Indonésia, Índia e Vietnã, com produções locais para atingirem mercados emergentes do Sudeste Asiático, da África e do Oriente Médio.

Estes são os principais assuntos relacionados com a Ásia, veiculados somente no dia 16 de agosto, mostrando a intensidade dos interesses japoneses na região, muito acima do que vem se registrando no Brasil, que também passa por um significativo crescimento.

Como muitos analistas tomam somente o que acontece no Japão, acabam se iludindo pensando que a economia japonesa está estagnada, quando o seu crescimento está se efetuando no exterior, procurando aproveitar as condições das expansões dos mercados emergentes, bem como contar com o suprimento de recursos naturais ou utilizando recursos humanos mais baratos do que se obtém no próprio país.



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