Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Pânico na Economia Mundial Sem Necessidade

11 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, webtown | Tags: , ,

Quando ocorrem problemas financeiros, os agentes envolvidos acabam provocando flutuações exageradas, fazendo com que fatores psicológicos coletivos determinem o que se chama de comportamento de manada. Vendo que seus vizinhos estão vendendo ações, por exemplo, eles pensam que eles possuem mais informações, e tendem a vender também. Quando muitos agentes estão vendendo seus ativos em dólar norte-americano que tendem a desvalorizar, eles repetem o mesmo comportamento. E isto é agravado pelas instruções existentes em alguns computadores que, automaticamente, vendem quando se registra quedas de certo percentuais. Isto também se repete nas altas, de forma similar, exagerando as flutuações além do que seria racional.

Mas, os dados físicos não se alteram na mesma velocidade. A população mundial continua crescendo, está se tornando mais idosa, demanda mais alimentos, moradias, roupas e aspira consumir novos produtos. A produtividade do trabalho está aumentando em todos os setores como consequência das pesquisas que estão melhorando a produtividade, juntamente com a melhor qualificação dos recursos humanos. Não há necessidade de pânico, pois as mudanças reais são mais lentas.

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O Brasil físico continua o mesmo, com uma grande extensão territorial, abençoado pela natureza, com ricos recursos minerais, terras férteis, abundância de água, grande biodiversidade, insolação intensa, podendo abastecer o mundo em muitas de suas necessidades básicas, com produtos de maior valor agregado. Conta com uma população que está se aperfeiçoando para poder trabalhar com maior eficiência, e continuar demandando produtos que permitem a melhoria de qualidade de vida de todos, com a melhoria na distribuição dos benefícios da produção.

Afirmar que alguém se tornou mais rico ou pobre pelas cotações virtuais nas bolsas só serve para alimentar os egos pessoais de poucos. É o mundo dos sonhos e das ilusões. Isto não tem correspondência com o mundo real, que é feito de coisas físicas, e muito trabalho sério acumulado, alguns sacrifícios e muitas alegrias.

Mas podemos ser contagiados pelo mundo que não é real, é virtual, pois eles usam os meios de comunicações para gerarem pânicos, especulando com as grandes flutuações, ganhando nas quedas como nas altas. Precisamos manter os pés no chão, apegados as coisas reais da vida, para não sermos envolvidos nos climas de exagerado pessimismo ou otimismo que em nada ajudam a população trabalhadora.

É claro que o otimismo ajuda na realização de diversos projetos, mas é preciso conter a euforia exagerada que pode nos levar a endividamentos que precisam ser honrados ao longo do tempo. O pessimismo só contribui para agravar as depressões individuais ou coletivas que em nada ajuda nas nossas vidas.

O mundo não está acabando, vai continuar crescendo, mais moderadamente, com o auxílio das próprias pernas. Não há necessidade de bolhas alimentadas pelos comportamentos de manada, que dão a falsa impressão de euforia, mas são ilusões como as criadas pelos exageros de bebidas ou pelas drogas, que acabam deixando consequências desastrosas no prazo mais longo.

Vamos ser somente realistas, sabendo que só devemos consumir o correspondente a que produzimos. Não devemos depender de dividas pesadas, com altos encargos, que estejam acima da capacidade de pagamento gerado pelos benefícios do que adquirimos.



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