Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Japoneses e as Novas Energias

18 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Duas notícias publicadas no jornal econômico japonês Nikkei dão uma ideia do engajamento do Japão nas novas energias, pois não podem contar mais com a nuclear diante dos problemas que sofreram. Um artigo informa que o METI – Ministério de Economia, Indústria e Comércio Exterior do Japão realizou um painel deixando claro que devem perseguir a competitividade japonesa no mercado de novas energias que deverão triplicar nos próximos 10 anos no mundo, chegando à metade dos setores ligados à indústria automobilística. Numa outra, informa que a trading Itochu fornecerá para o Brasil etanol norte-americano para suprir algumas regiões de Minas Gerais e Tocantins.

O METI informa que as indústrias de energia solar, eólica e de baterias para a sua armazenagem no mundo devem passar de cerca de US$ 400 bilhões para mais de US$ 1 trilhão em 2020. A exportação de produtos e tecnologias destes setores deverá crescer no Japão, chegando a cerca de 30% de sua produção nacional. Eles consideram que os setores chaves devem ser seis: energia solar, energia eólica, energia termal, baterias para estocagens, células de combustíveis e edifícios comerciais e residenciais amigas do meio ambiente.

 

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O METI prevê que, com o aumento da competição nestes setores de novas energias, a rentabilidade deverá se reduzir, mas novos serviços como a sua operação e manutenção deverão proporcionar retornos adicionais. Imagina atividades de aproveitamento eólico, inclusive no mar. Ele acompanha o desenvolvimento destes setores que estão ocorrendo nos Estados Unidos, que procura uma redução da energia importada, como na Europa.

No que se refere à importação brasileira de etanol, atribui que o clima não favoreceu a sua produção local. É preciso complementar que a sua inclusão pelo governo como combustível associado dos derivados do petróleo inibiu a atividade privada. Como os combustíveis têm seus preços controlados pelo governo, e a produção do etanol efetua-se durante um período do ano, necessitando ser parcialmente armazenado até a próxima safra, seus custos passam a ser desinteressantes e de riscos elevados.

A notícia informa que a trading japonesa Itochu deverá operar em conjunto com a Bung, de origem argentina e tradicional no mercado internacional de agrobusiness, sendo uma das maiores do mundo.



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