Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Nissan é a Mais Agressiva das Montadoras Japonesas

24 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O respeitado jornal econômico japonês Nikkei informa que a Nissan está disputando com a Hyundai a posição da terceira montadora no mercado chinês, o maior do mundo e que continua com grande dinamismo. Um experiente analista japonês expressa que a Toyota como a Honda, dada a dimensão de suas empresas, se tornaram muito burocráticas, enquanto a Nissan, sob o comando do presidente franco-brasileiro Carlos Ghosn, tornou-se a mais agressiva das montadoras japonesas, com planos de ampliação de seu market share nos países emergentes como a China e o Brasil.

No Brasil, já anunciaram o projeto de instalação de uma nova fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, deixando a unidade de Curitiba, no Paraná, somente para a produção de sua associada Renault. Na China, com um marketing agressivo, disputa com a coreana Hyundai a terceira posição no ranking, que vem sendo liderado, com grande folga, pela Volkswagen, seguida pela General Motors, deixando os produtores locais em desvantagem. A Hyundai se mostra disposta a disputar acirradamente a terceira posição que ainda ocupa.

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A Nissan tem uma joint venture com a Dongfeng, a maior estatal chinesa no setor automobilístico que conta com 500 concessionárias na China, empenhando-se numa campanha publicitária inédita com grandes descontos, procurando tornar a marca uma legenda, com uma venda conjunta que deve atingir 3 milhões de unidades, com foco no modelo Teana, a X-Trail esportiva e a Sunny de pequeno porte.

A Nissan conseguiu um aumento de 20% nas vendas dos primeiros nove meses deste ano, superando o crescimento da Toyota e da Honda naquele país. A grande rival é a Hyundai que tem também a subsidiária Kia e está lançando novos modelos mais esportivos, e adota uma política de preço que os coloca entre os japoneses e os chineses, procurando atender uma faixa específica do mercado local.

A Nissan está pensando também num prazo mais longo, com planos de dobrar o número de concessionárias na China. Tudo indica que este maior mercado do mundo contará com uma concorrência acirrada das principais montadoras do mundo.

Seria interessante que o mercado brasileiro também passasse para uma fase desta natureza, mas é preciso que ela se torne competitivo, notadamente quanto aos impostos a que estes produtos estão sujeitos. Isto beneficiaria os consumidores que poderiam contar com modelos tecnologicamente mais avançados, em vez de continuar a montar modelos já amortizados em outros mercados, que evidentemente não são os de ponta no mercado internacional.



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