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Congresso Norte-Americano Homenageia Veteranos Nisseis

4 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

O The Japan Times publicou hoje uma extensa matéria, com base na notícia divulgada pela agência AP, sobre a homenagem que foi prestada pelo Congresso dos Estados Unidos aos veteranos nisseis da Segunda Guerra Mundial, no grau mais elevado concedido aos civis na história daquele país, a Medalha de Ouro do Congresso. Para provarem que eram leais à sua pátria, mesmo em condições adversas como o aprisionamento ilegal dos seus parentes sob a suspeita da possibilidade de ações contra os Estados Unidos em campos de concentração, 19.000 nipo-americanos serviram no 100º Batalhão de Infantaria, no famoso 442º do Regimento de Combate e Serviços de Inteligência Militar, muitos como voluntários. O primeiro senador nissei dos Estados Unidos, Daniel Inouye, que perdeu o braço direito no combate do 442º, declarou que “foi uma longa jornada, mas uma gloriosa”.

Eles se destacaram nas forças norte-americanas pela sua bravura, e o 442º tornou-se lendário por serem constituídos somente de voluntários e ter combatido nas mais horríveis lutas, tornando-se a mais condecorada da história das forças armadas norte-americanas. Dos seus membros, 700 foram mortos em combate. O 442º ficou conhecido como Batalhão “Purple Heart”, a mais elevada condecoração de combate das forças americanas.

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Senador Daniel Inouye, capa do livro sobre Massaki Udihara e alguns dos soldados americanos homenageados

O tenente brasileiro, único oficial nissei da FEB – Força Expedicionária Brasileira, Massaki Udihara, cujo diário publicamos com o título “Um Médico Brasileiro no Front: Diário de Massaki Udihara na II Guerra Mundial” também recebeu três condecorações pelo seu bravo desempenho na Campanha da Itália, onde conheceu alguns dos nisseis norte-americanos. Eles estranhavam que a FEB tinha nisseis, negros e soldados de diversas etnias, pois as forças norte-americanas tinham unidades formadas somente de nisseis ou negros, hoje chamados nipo-americanos e afro-americanos, pois na época ainda havia uma forte discriminação racial nos Estados Unidos.

As unidades das etnias minoritárias norte-americanas foram as designadas para as operações mais perigosas, e se comportaram heroicamente, fazendo jus as condecorações mais elevadas.

Estes patriotas norte-americanos e brasileiros decorrem do critério de determinação dos seus países que adotam o critério de “jus solis” adotados pelos Estados Unidos e pelo Brasil, que consideram seus cidadãos todos os que nascem no seu país, independente do sangue que possuem.



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