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Check Ups Médicos e os Cuidados Necessários

8 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , ,

Uma notícia publicada pela jornalista Mariana Versolato na seção de Saúde da Folha de S.Paulo sobre a “Hora do Check Up”, ainda que de extrema importância, acaba provocando algumas reflexões de um leigo, paciente habitual e com algumas experiências na gestão de um hospital. Todos sabem que os muitos exames de laboratórios, bem como das imagens obtidas pelas mais variadas formas hoje disponíveis, facilitam exames regulares mais completos que ficaram conhecidos como “check up”. Num trecho da reportagem, a autora se refere aos voltados aos idosos e orientais, cujas atenções ficam concentradas sobre alguns aspectos específicos.

Ninguém em sã consciência pode ser contrário a qualquer tipo de check up regular, mesmo que não sejam idosos ou orientais. A vida estressada do mundo atual está afetando prematuramente muitos jovens, mas parece que são recomendáveis algumas precauções. Inicialmente, os seus custos não são desprezíveis e seus resultados não são garantias absolutas. Lamentavelmente, muitos pacientes saíram com os resultados satisfatórios e acabaram enfrentando problemas logo depois.

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Tudo indica que os antecedentes dos pacientes são importantes, tanto dos seus familiares como os próprios, e mesmo que os questionários procurem cobrir estes aspectos, os médicos que acompanham estes históricos podem contar com um quadro mais seguro. O desejável, e que agora parece ter desaparecido, são os clínicos da “família” que conhecem a todos e podem encaminhar aos especialistas, quando necessários. Houve um exagero na especialização dos profissionais de medicina, e poucos consideram o conjunto todo que é um ser humano, pois algumas causas podem ter origens nem sempre consideradas.

As experiências têm indicado que os próprios médicos tendem a ser pacientes nem sempre disciplinados. Muitos recomendam os exercícios físicos indispensáveis, mas nem todos eles os praticam. Muitos recomendam alimentações sadias, mas eles mesmos abusam de alguns inconvenientes, estando acima do peso que seriam os ideais. Muitos proíbem fumos, mas continuam viciados. Tudo indica que é mais fácil recomendar do que servir de exemplo.

Parece recomendável colecionar a série dos exames que foram efetuados, pois algumas pessoas apresentam tendências permanentes discrepantes dos índices médios recomendados, que devem ser considerados meras referências, e vem se alterando com a melhoria do conhecimento científico. Lamentavelmente, os metabolismos de cada paciente parecem apresentar características pessoais ou familiares específicos, e suas reações a diferentes tratamentos acabam sendo desiguais.

Os médicos costumam recomendar o exame das médias dos indicadores, pois resultados pontuais podem estar sendo influenciados por fatores ocasionais, inclusive dos estados psicológicos momentâneos dos pacientes, além das diferenças dos reagentes utilizados. Sempre que possível, os exames, além dos provenientes dos laboratórios ou de imagens, necessitam ser complementados pelos físicos pelos médicos, que contam com os históricos dos pacientes.

Em alguns países, para alguns pacientes, os check ups regulares são obrigatórios, e existem exames que são mais recomendados diante dos riscos que eles correm. No Brasil, estes exames ainda só abrangem uma pequena parcela da população.

E não parece conveniente que alguns resultados impressionem demais os pacientes. Existem casos, como a tomada das pressões arteriais, que muitos profissionais obtiveram resultados diferentes com os mesmos pacientes com mínimas defasagens no tempo. É preciso que todos levem em consideração estas relatividades.



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